O Policial

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  Sempre me causou um comichão ver um homem de farda, contudo sequer passou pela minha cabeça que poderia ter algum vínculo com uma pessoa desse tipo, até em uma noite de divertimento e bebedeira com as amigas.

  Se na sua roda de amigos não tiver os loucos então a louca é você, no meu caso sou bem pacata, tirando de vez em quando uma saída com minhas amigas Clarisse e Melissa "doidinhas" minha vida se resumiria em trabalhar, assistir séries e estudar nada de aventuras ou coisa do tipo.

  Melissa é baixa, cabelos pretos olhos da mesma cor e bem expressivo, poderia matar um se pudesse só em olhar para você quando tem raiva a negra tem todas as curvas que os homens babam.

  Clarisse é a nossa loira cacheada, de olhos cor de mel, a mais amalucada, que não leva desaforo para casa, contudo se não pisarem no seu calo é um amor de pessoa.

  E tem eu, Eduarda, mas me chamam de Duda, tenho 1,65 mais alta três centímetros que Mel e mais baixa que Clarisse, cinco cm... Sou a certinha da turma, a medrosa que se imagina fazendo várias peripécias, porém nunca faz nada, nem de roda gigante andei por ter medo de altura, então quando digo que sou a tímida de todas acredite....

  Hoje sábado, acordo com vontade de ficar na cama, mais o som insistente da campainha em minha porta não permite, me levanto puta. — Quem será? — Pergunto a mim mesma, já que moro sozinha desde que completei minha maior idade, a contragosto de meus pais, que vivem no interior, dizem eles que a cidade não é lugar para uma moça viver só, em certos pontos sabemos que não estão errados, mais já tenho muita paranóia na minha cabeça, o mundo realmente está doente em vários aspectos, todavia se pensarmos demais viveríamos que nem topeiras, até que uma enchente nos fizessem sair do buraco.

  Coloco a mão na maçaneta, suspiro ajeitando meus cabelos longos que está um emaranhado, quando escuto a voz de Clarrisse.

  — Abre logo essa porta Duda ou vou colocar á baixo.

  Reviro os olhos, abrindo a porta.

  — Meu Deus! — Onde é o fogo? — Não são nem dez horas.

  — Esqueceu que hoje temos uma festa na casa da Bia? — E já estamos atrasadas para nos arrumar. Diz Melissa.

  — Puts! — Com certeza tinha esquecido. — Falo.

  — Por isso estamos aqui. Diz Clarrisse.

  — Mais como assim estamos atrasadas? — A festa começa ás 22hrs.

  — O que seria de você sem nós em lindinha? — Combinamos de irmos comprar nossas fantasias, almoçarmos, ir ao salão... Agora vá tomar banho que vou fazer café, por sua causa chegaremos tarde no shopping e se não encontrarmos logo o que queremos? Diz Mel.

    — Bem que avisei que era melhor comprarmos antes essas roupas, mas vocês deixam tudo para última hora.

  — É que você é muito metódica Duda, tem que se permitir fazer de vez em quando algo aventureiro. Fala Clarisse.

  — A única fez que me permiti isso me dei mal, ou esqueceram do que contei, confiava no Raul e olha o que ele me fez? — Me embebedou para transar comigo.

  — Só porque encontrou no seu caminho um canalha não quer dizer que todos são, Duda, tem que tentar de novo, quem sabe encontre nessa festa alguém que chame atenção, não te julgaremos se quiser ter uma noite voluptuosa regada a sexo casual. — Né Mel?
  Clarisse pergunta olhando minha outra amiga acendendo o fogo para por o café. Essa concorda balançando a cabeça e piscando.

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