Farinha, leite e veneno

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 Todos estavam muito empolgados para o festival, sinceramente Ayato só iria para ver a queda de odayaka, não suportava mais ver seu sorriso gentil e como todos pareciam gostar dele, Ayato adoraria ver a reação de todos depois do festival, o mínimo que esperava era expulsão, Ayato estava no celular conversando com Info-kun para passar o tempo.


"Não está divertido ai? Espere que daqui a pouco a diversão começa" Info-kun manda alguns emojis de diabinho "Odayaka vai esperar o meio do festival, por volta das quatro horas, tente se distrair até lá"


" Fácil falar, tudo para mim sempre foi tão... tedioso" Ayato nunca podia ser verdadeiro com as pessoas, Sempre tinha que usar mascaras, mas com Info-kun ele podia dizer tudo que pensava era bom ter um amigo assim " desde pequeno tudo para mim é tão entediante, nada parece fazer sentido"


"Eu percebi o jeito que você olha, mesmo quando sorri tem algo lá no fundo, te devorando" Ayato via a mesma coisa quando olhava no espelho, era difícil para algumas pessoas perceberem, sua mãe dizia que a escuridão atrai escuridão, talvez tivesse sido assim que Info- kun tinha descoberto "Para te animar um poquinho, olhe para a direita, ele está vindo na sua direção"


Ayato olha para onde que Info-kun tinha dito, seu senpai vinha naquela direção, com um sorriso simpático no rosto derretendo o coração frívolo de Ayato, ele queria saber como seria, chamar seu senpai para sair, como seria sentir seu toque o desejando, os devaneios só se vão quando Yamada começa a falar.


— Você veio, então está gostando do festival? — Ayato assenti, sorrindo para seu senpai, seu coração saindo pela boca sendo embriagado por essas novas emoções — É o dia mais divertido daqui, não perco em nenhum ano.


— É minha primeira vez aqui, estou um pouco confuso sobre... o que fazer primeiro. — Yamada coça o queixo pensando e depois de um tempo puxa Ayato pelos corredores — Onde está me levando?


— Para o meu lugar favorito no festival. — Ele vão até a parte de fora da escola, ao longe a cerejeira no monte, alguns alunos tinham preparado uma estrutura que Ayato só consegue identificar quando esta muito perto — Tiro ao alvo.


Alguns barris estavam no fundo da estrutura pintados com um alvo, haviam pegado algumas placas de madeira para cria paredes, dificultando acertar em alguém, Yamada fica ao lado deixando Ayato pegar um arco que tinha ali, ele parecia bem feito, resistente, provavelmente um projeto de carpintaria da escola.


— Você tem que acertar três de cinco flechas no centro, então ganha um prêmio. — Ayato assenti, Seu senpai se aproxima por de trás ajudando Ayato a se colocar em posição, o garoto sente Uma descarga percorrer seu corpo com o toque — Pronto, você consegue

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Ayato olha para o alvo, ele tenciona o arco e agora muda a cena completamente, a garota estava de volta, ela prendia Amao no barril, odayaka parecia desesperado olhando Para Ayato implorando por sua vida então ele mira no centro do peito Amao e ele atira, uma vez, duas, três, o sangue escorrendo e a vida esvaindo, quatro, cinco, então tudo some, Ayato acertou todas as flechas no centro e todos os alunos fitavam ele.


— Eu... jogava dardos, a muito tempo, acho que sou bom em atirar coisas. — Na verdade a mãe de Ayato havia pagado cursos para ele, Ayato sabia manipular a maioria das armas — então eu ganhei?


Yamada sorri e pede para um dos alunos pegar o prêmio, era um boneco vestindo o uniforme da escola, tinha com varias cores de cabelo, e Yamada pergunta qual Ayato queria, ele disse o de cabelos pretos e sorri, seu senpai pensou que fosse para combinar com o próprio garoto, mas era para se assemelhar ao seu senpai, sentindo a pelúcia nos braços ele a aperta contra o peito, nunca tinha sentindo tanta felicidade na vida.


— Acho que você não precisava da minha ajuda no final das contas. — Yamada olha para baixo envergonhado o que deixa Ayato extremamente excitado — Eu não sou tão bom quanto você.


— Eu acho que você me deu sorte, e me ajudou a me posicionar, foi de grande ajuda. — Yamada agora sorri confiante, feliz pelo Elogio do garoto — Conhece mais alguma coisa divertida no festival?


— Amao vai começar a distribuir os bolinhos que fez, você vai ver, eles são irresistíveis.


Ayato tem problemas em deixar o semblante simpático, ele explica para o garoto que era alérgico, Yamada se desculpa por ter sugerido, dizendo que ia pegar um e se Ayato quisesse o acompanhar, o garoto o segue vendo aos poucos cada aluno da escola pegando, demora mais do que esperava, mas a confusão começa, alguns alunos reclamar de dor e aos poucos a maioria da escola começa a passar mal, o diretor e a Conselheira saem da sua sala para ver o que está acontecendo vendo alunos se contorcendo de dor pelos corredores e outros tentando ajudar, o diretor liga para o hospital próximo e a conselheira ouve as explicações dos alunos.


Ayato não consegue segurar o sorriso quando vê Amao sendo levado para sala da conselheira, mas antes de entra ele vê Ayato ali sorrindo ao lado do seu senpai que olhava tudo horrorizado, ele se lembra da conversa com Ayato de como ele insistiu para que o bolinho de senpai fosse diferente e como ele tinha pegado um naquele dia, mas hoje não estava com nenhum.


— Foi ele, ele encenou meus bolinhos! — Ayato se surpreende com Amao esperava que ele fosse chorar, mas ele tenta se aproximar sendo impedido pela conselheira — Foi ele! Foi ele! Acreditem em mim, por favor vocês tem que acreditar em mim!


Mas ninguém escuta, ninguém se importa, Ayato morde sua bochecha com força suficiente para uma lagrima cair e Yamada vê o garoto chorando e se aproxima e abraça o envolvendo com seu corpo forte, Amao se debatia e gritava, chorando sem parar.


— Eu nunca... nunca fiz nada contra Amao-kun... por quê ele?... eu...


Info-kun observava a cena, era melhor do que tinha imaginado, tão parecida com que Amao tinha o feito passar, a vingança perfeita, ele estava sozinho, sem ninguém para confiar nele, mesmo a pessoa que mais significava para ele, Info-kun e Ayato estavam extremamente felizes em ver Amao quebrar na frente de seus olhos.

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