Capítulo 14

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-Mat! Oh! Mat...- Grito entre choros e soluços.

Em poucos segundos Mat está ajoelhado na minha frente e me abraça forte. Ah! Como é bom sentir o cheiro do conforto... Mat, meu amigo, meu protetor. Como aguentei ficar tanto tempo longe dele. Não fui justa, foi ele que sempre me ajudou e me defendeu nesses últimos anos, ele e a Care, devo muito a eles.

-Vem Mily! Vou cuidar de você!- Mat diz e sinto alívio ao ouvir sua voz.

Mat me leva no colo para meu quarto, Ben não pode fazer nada somente fica olhando derrotado. Sou colocada na cama, mas não deixo o Mat se afastar, o aperto contra mim para sentir mais conforto, ele se posiciona melhor e fica comigo na cama em silêncio.

-Desculpa Mat!... Por tudo... Desculpa!- Falo baixinho, e em resposta ele acaricia meus cabelos.

Em silêncio Mat permaneceu comigo até que eu dormisse. Pela manhã ele trouxe uma aspirina com um copo d'água, eu tomei. Ele aguardou que eu tomasse um banho e me trocasse. Me convidou para andarmos um pouco e quem sabe conversar. Aceitei.

Descemos para tomar café e todos estavam lá. David conversava animadamente com Care que estava sorrindo que nem uma boba. Estou feliz por ela encontra alguém para conversar já que o Fernando a ignora completamente. Jess e André não deixam de trocar carinhos um com o outro, está meloso demais, vou ficar diabética só de olhar, então meu olhar procura o de Ben e ao encontra-lo enrubesço e desvio.

Converso com o Mat, e fico impressionada com o que ele fez esses dias. Inclusive está sendo mediador de um grande negócio entre seu pai e o Lorenzo Savioli, dono do restaurante italiano que fomos e amigo de Ben. Saímos para caminhar. Eu já estava pronta, de regata curta azul da cor dos meus olhos, legging preta, tênis e um casaco de moletom cinza. Fiz um rabo de cavalo e peguei um óculos escuros.

-Emily, você está bem?

-Estou.

-Você não bebe, porque fez aquilo?

-Care te contou foi?

-Somos amigos Mily... não temos segredos!- Fala e pisca para mim com aquele sorriso perfeitamente branco.

-Pois é... Achei que poderia tentar uma fantasia maluca de felizes para sempre!- Digo desviando o olhar e observando a beleza do lugar. Muitas árvores e casas luxuosas, nada comparado com o centro da cidade, com edifícios altos de dar tontura.


-Mily... você sabe que gosto de você. Eu tentei não te amar, namorei e curti com várias mulheres, mas... era só para te esquecer.

-Mat...- Advirto, pois não quero conversar sobre isso.

-Vamos tentar Emily! Quem sabe você possa me amar?!

-Quem chegar por último é a mulher do padre!- Eu grito e saio correndo pela calçada em direção a um parquinho e nem olho para trás, sei que ele vai me vencer de qualquer jeito. Rindo ele passa de mim e corre de costas desdenhando de mim.

Um amor em NYOnde histórias criam vida. Descubra agora