Capítulo 5

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Voltamos para casa, fomos nos trocar, iríamos jantar. Depois que Benjamin descobriu que amo massas ele fez o convite para jantarmos num restaurante italiano do amigo dele, e depois iríamos à boate mais badalada de Manhattan. Cara! Nunca fui numa boate, será demais. #aventura.

Dessa vez tive que chamar minha amiga para me ajudar a me produzir, não sei o que vestir, nem o que fazer com os cabelos já que nunca estive num lugar assim.

Já sei que não vou beber, desde a primeira vez que inventei isso quando passei no vestibular, decidi que nunca mais colocaria uma gota de álcool na boca. Passei mal a madrugada inteira entre dor de cabeça forte e vômitos, e olha que segundo Pedro nem bebi tanto assim.

Care veio e me ajudou. Amo ter uma amiga que sabe tudo de moda. Olho-me no espelho nossa, estou realmente uma obra prima, estou com cara de quem quer ser comida. Mas hoje não.

Limpo o borrado inexistente nos lábios pego o casaco e minha bolsa envelope, quando ouço alguém batendo na porta do meu quarto. Abro e é o Ben. Sorrio para ele feito uma boba.

-Você está linda! Já está pronta?- Exclama. Digo que sim, descemos as escadas e fomos até a garagem de mãos dadas. Care me olha com um sorrisão quando nos vê juntos e pisca para mim. Contei tudo para ela enquanto me arrumava, ela disse que iria conversar com o Mat para ele deixar de ser tão maracujá murcho e aproveitar o passeio, quem sabe ele encontre alguém na boate que lhe chame a atenção?!

Entro no conversível de Ben, ele fecha a porta para mim e dá a volta no carro para entrar, dá partida, ele olha para seu blackberry faz cara de preocupado, responde a mensagem coloca-o no suporte do veículo e seguimos para o restaurante.

Lá conheço seu amigo Lorenzo Savioli, ele é muito divertido. Descendente de italiano como o Mat se dão muito bem, e conversam bastante sobre os negócios por aqui. Ambos parecem ter interesse em fazer negócios, trocam telefones e e-mails.

O chef se despede, pois o restaurante está com todas as mesas ocupadas, e há lista de espera. A comida estava maravilhosa. Todos tomaram vinho, por sinal finíssimo e caro, eu fiquei no suco de laranja mesmo.

-Você não aprecia vinho? Posso pedir champanhe- Foi o que ele disse quando todos aceitaram que enchessem suas taças, e eu não. -Não tomo álcool. Mas, obrigada!

-Tudo bem Princess. Aprecio isso! Seguimos para a boate. A fila está grande, mas entramos logo que chegamos, tive a impressão que já éramos esperados. Estou usando um vestido perfeito preto brilhante curtinho com decote de um ombro só, saltos altíssimos que Care me emprestou e me obrigou a usar, e uma imitação barata de joia cara.

Tenho uma joia que é herança de família, um par de brincos em forma de gotas prata cravejado de diamante que pertenceu à minha bisavó, meu bisavô a deu como prova de seu amor e a pediu em casamento. Com a morte de seu pai ele recebeu como herança muitas terras em Minas Gerais, vendeu algumas terras para usar o dinheiro e comprar a joia mais linda que já vi. Meu bisa foi o cara!

-Acho melhor voltarmos para casa, você está chamando muita atenção- Ben fala muito próximo do meu ouvido para que somente eu possa ouvir já que a música eletrônica aqui é bem alta e tem muita gente conversando, ele morde a pontinha de minha orelha. Isso me faz arrepiar dos pés à cabeça, meu ventre se contrai e fico ofegante. É quando ele me gira para seus braços e me dá um beijo de tirar o fôlego, quando paramos de nos beijar, estou com as pernas trêmulas.

-Acho bom você me segurar porque beijos como esses abalam minha estrutura. Eu digo sorrindo.

-Excuse me, Princess. Dança comigo?- Praticamente leio seus lábios porque o som é realmente alto, não sei se aguentarei ficar aqui mais de uma hora. Não consigo me acostumar com tanto barulho.

-Talvez eu pise em seu pé, terá que me desculpar desde já- falo quase gritando tentando ouvir minha própria voz. Ele assente e me puxa para o centro da boate, onde todos estão dançando, várias meninas se esfregando nos rapazes, vejo duas com um cara só como se estivessem sozinhos e nada mais existisse, nossa isso é comum por aqui.

Dançamos muito já estávamos transpirando bastante, ele pega minhas mãos e entrelaça nossos dedos, morde o lábio inferior e fica com aquele olhar de que quer me devorar quando um rapaz se bate em mim, eu quase voo, mas Ben me segura firme contra seu peito e empurra o rapaz com toda força com uma de suas mãos.

Fico apavorada, eles se olham como se fossem brigar, mas então o cara vai embora e Ben me pergunta se estou bem, digo que sim e que quero sentar. Ele me guia até onde nossos amigos estão. Sento ao seu lado rindo muito com as histórias de Fernando e Ben quando eram crianças, e como eles ficaram inseparáveis.

Uma moça da mesa ao lado não para de olhar para Mat, até que ele se levanta e vai lá falar com ela, mas antes, ele toma uma dose em um gole só de uma bebida aparentemente forte. Olho para Care que pisca para mim significando que ela conversou com ele, ufa #alívio.

Todos saem para dançar, Care é a primeira a se levantar já parece bêbada. Eu prefiro continuar sentada, apesar de gostar de dançar não estou com vontade de dividir espaço com tanta gente suada.

Ben põe a mão em meu queixo e nos beijamos, desta vez o beijo vai intensificando e ficando cada vez mais ardente, mais urgente, mais frenético suas mãos passeiam por meu corpo dando mais atenção aos meus seios que agora estão com os mamilos enrijecidos contra o tecido do vestido.

Quando dou por mim ele pega minha mão e põe sobre sua calça, bem onde sua ereção se pronuncia desconfortável sob o jeans para se libertar.

-Sinta o que você faz comigo. Perceba o quanto te quero Princess- Ele diz em meu ouvido com um leve sotaque local mordiscando minha orelha e meu pescoço, eu mal consigo respirar. É tão bom, seu beijo, seu toque. Mas então me lembro de... Eu paro com tudo, me afasto ofegante.

-Preciso ir ao banheiro- Digo.

-Vamos. Eu te levo- Faço sinal para Care que vem prontamente olhar nossa mesa que estão com nossas bolsas e casacos. Rumo ao banheiro, passamos pelo aperto de tanta gente, a fila está pequena, e ele continua a conversar comigo.

-Porque você hesitou? Não gostou do meu beijo Princess?

-Não, não é isso. Só não gostaria de falar disso... Aqui.

-Princess eu... Tudo bem- Ele fala derrotado.

Chega minha vez e ele fica próximo à porta, sinto que todas ficaram olhando para ele enquanto eu estava dando-lhe as costas. Que saco! Porque mulher não pode ficar na sua quando vê que o cara está acompanhado?

Olho-me no espelho e meu batom já era, abro a bolsa tiro o gloss e passo, meus cabelos estão levemente despenteados, mas ficou charmoso. Apoio-me na pia com as mãos e suspiro pensando, como posso? Como poderei confiar em alguém de novo? Sei bem o que ele quer. Quer uma noite comigo. Ele mexe comigo também, mas não significa que tenho que ceder! Meu coração e meu corpo estão prontos, mas a minha mente ainda não.

-O que fazer?- digo em voz alta. Algumas me olham torto quando ouvem. Acham que estou louca.

Saio e o encontro encostado na parede me esperando, abre um sorriso lindo quando me vê e segura em minha mão novamente me guiando de volta à mesa, mas quando chegamos lá ele se despede do nosso grupo dizendo que me levará a um lugar nos encontraremos em casa e que não precisam se preocupar. Fico surpresa, realmente não esperava, mas também este ambiente não me agrada muito então não me oponho. Eu gosto mesmo é da natureza.

Um amor em NYOnde histórias criam vida. Descubra agora