Te achei

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Pov. Priscila

Engoli seco ao ver a tela de bloqueio da garota a minha frente. A pilantra era comprometida com nada mais, nada menos que a garota misteriosa que trombei no banheiro. Desde aquele dia eu a procuro por essa SP, mas nunca mais a encontrei, eu não sabia o que aquela garota tinha mas eu não consigo não pensar no olhar dela.

- Droga! - A garota falou enquanto pegava o celular de cima do balcão as pressas pra pôr no bolso - Eu preciso ir mas acho que rola um beijo antes, não é? -

- NÃO.. digo.. Preciso ir com urgência também, lembrei que meus amigos ficaram me esperando porque daqui vamos pra um after - Falei enquanto tentava me afastar da menina que ainda segurava minha cintura

- Ah, beleza então - A garota falou enquanto tirava as mãos de minha cintura

- Mas antes de ir, m-me diz seu nome pelo menos..

- Me chamo Amanda, gatinha - A garota falou no meu ouvido antes de depositar um beijo no meu pescoço e sair. Fiquei ali parada vendo a garota ir até a saída da boate, eu estava imóvel com o que eu acabara de ver, parece ironia mas São Paulo é um ovo as vezes. Depois de um tempo presa em meus devaneios, eu voltei para onde estava meus amigos, procurei o mais rapidamente por meu celular.

- Já Pri? Onde você estava? - O boy que me acompanhava aquela noite perguntou mas eu não dei muita atenção - Priscila!

- OI - Falei ainda procurando meu celular na bolsa

- Me responde, onde você estava? - Ele repetiu a pergunta de minutos atrás e isso me irritou profundamente

- Pra que você quer saber? - Perguntei sem paciência, minha atenção estava toda nele agora. Todos os meus amigos presentes no camarote olhavam discretamente para nós

- Porque você tá comigo, me deve satisfações! - Como pode uma simples frase me irritar em níveis extremos? Levantei e fiquei frente a frente com o cara

- Eu não te devo satisfação alguma do que faço ou deixo de fazer, para de criar cena que já tá ridículo

- Vem, vamos embora e conversamos no carro - O mais alto falou segurando e apertando o meu braço e essa foi a deixa para meus amigos intervirem

- Ei ei ei, calma ai amigão - Lucas falou indo pra cima do cara que não soltou meu braço

- Solta o meu braço, você tá me machucando - Falei tentando me soltar mas não obtive sucesso

- Mano, na moral. Solta ela agora. - Foi a vez de Allan ir pra cima do homem que estava cada vez mais irritado. Enquanto isso, Ingrid e Clara correram pra chamar os seguranças

- Parem de se meter, ela é minha mulher e isso vai ser resolvido entre nós dois - Henry falou e eu não pude deixar de não rir - Do que tá rindo? - O homem falou me puxando pra mais perto dele enquanto apertava mais meu braço

- O que está acontecendo aqui? - Um dos seguranças falou

- Não se mete mano

- Henry, solta meu braço. você tá me machucando de verdade - Falei sentindo meu braço doer a cada apertada que o homem dava

- Tirem ele daqui - Juliano falou quando viu que o cara estava passando de todos os limites e os seguranças não tardaram em ir para cima do cara que relutou um pouco em soltar meu braço mas com a ajuda dos meninos, eu consegui me desvencilhar. O homem foi tirado do camarote e levado até a saída, durante todo o caminho ele foi me xingando de todas as formas possíveis.

- Amiga, você tá bem? - Vivi juntamente das meninas falou me entregando uma garrafinha de água

- Eu tô bem, eu só quero ir pra casa - Mesmo tentando manter a calma, eu tremia um pouco

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