Se.. (21)

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Pov Maíara Carla Pereira

𝕬pós meu pequeno showzinho, que se fosse em outra situação eu estaria super constrangida, mas que agora pelo nível da minha revolta eu estava pouco me lixando, saímos do local comigo arrastando Marilia para dentro do carro.

Marilia me acompanhava com os olhos brilhando em divertimento e um sorriso no rosto, eu até acharia que ela fez de propósito se isso tivesse o mínimo de lógica.

Agora dentro do carro conversível de Marilia que estava com o teto fechado eu coloquei meu cinto, após nós termos colocado as compras no grande porta malas do carro e nos bancos traseiros eu esperava que ela falasse algo, mas ela estava quieta.

Quando Marilia ligou o carro eu me virei para a janela, Marilia contrariando meus pensamentos e reforçando minha ideia maluca que isso tudo foi de propósito, continuava na dela, se limitando em seguir rumo a nossa casa que ficava a mais ou menos duas horas de distância da pequena cidade.

Tentei ao máximo me controlar, mas cinco minutos após ela começar a dirigir me virei para ela com o sangue fervendo e disparei:

- Não quero você querendo arrumar um... marido ou seja lá do que você goste, enquanto eu morar com você! E nem querendo arrumar amigos, se eu não posso porque você pode?!

O.K, tudo que eu disse foi ridículo, Marilia me olhou séria para em segundos cair na gargalhada.

-Vai se ferrar Mariiia! Eu te odeio!

Então, não sabendo o que deu em mim, provavelmente um desejo de morrer, comecei a estapear minha madrasta que mesmo rindo tentou se livrar de mim com um dos braços.

- ODEIO VOCÊ! Quero que você  caia e quebre esse rosto bonito! - Marilia ainda rindo parou o carro no meio da encostamento.

- Para! - Marilia estava chorando de tanto rir, parei de bater nela e soltei um gritinho de frustação puxando meus cabelos da nuca.

- Bom saber que você acha meu rosto bonito, além de outras coisas...

E vem ela falar do meu passado obscuro novamente, de quando coloquei minhas mãozinhas nesse corpo horrível dela.

- Não vou me casar, linda, para me satisfazer não preciso estar casada...


Olhei indignada para ela, eu não posso sair e ela pode ficar por ai transando com o primeiro que aparece?!

- Não, você não vai transar com ninguém! Se eu não posso nem sair de casa você não pode transar! Se ver ou ouvir você fazendo isso vou achar um jeito de apagar esse teu fogo no rabo, e você não vai gostar!

Assim que as palavras saíram da minha boca percebi como aquilo era ainda mais ridículo e tinha um total sentido duplo, não para mim claro, para quem ouvisse.

Marilia dando um sorriso de lado ergueu uma da sobrancelhas.

- E como você vai fazer isso?! - ela pergunta soltando o cinto e se inclinando na minha direção.


E eu em um impulso de raiva fiz outra decisão impensada peguei a garrafa de água que estava ao lado do meu banco e fiz algo totalmente sem pensar.

Tirei a tampa e joguei um pouco da água no rosto dela, molhando um pouco do cabelo dela e sua roupa, gritando um "Assim" me arrependi no momento que Marilia abriu os olhos e me fuzilou.

- Eu vou fazer você engolir essa garafa agora!.

Num piscar de olhos ela tirou a garrafa da minha mão e eu sem conseguir pensar em nada melhor para fazer tentei evitar minha morte segurando os braços dela.

Ideia ruim, pois como já mencionei, ela é maior e mais forte que eu , más quando fica possuída de raiva parece ser muito mais  forte.

Entre nossa briga ridículo de segura e puxa, eu acabei a puxando para meu colo levando vários tapas estralados e resultando numa Marilia louca jogando água na minha cara, me fazendo engolir água até pelo nariz chegando até a tossir.

Faço o lógico e seguro as mãos dela para ela não me bater mas com o puxão Marilia acabou vindo na minha direção quase batendo com o rosto dela no meu.


Meu coração disparou assim que percebo a situação, ela no meu colo toda molhada e próxima ao meu rosto demais, como já estava ferrada mesmo, lancei o foda-se e a puxei para mais perto encarando seus lábios carnudos.

Estavam prestes a provar o gosto deles quando Marilia se desvinciliou dos meus braços e volta para o lugar dela ligando o carro com as mãos tremulas me fazendo quase beijar o vidro do carro.

Então uma ideia louca começou a rondar minha cabeça.

E se eu causasse o mesmo efeito que ela causa em mim, nela?

A questão era o que eu faria com essa hipótese.

𝙰 𝙼𝙰́ - 𝙳𝚁𝙰𝚂𝚃𝙰 || 𝙼𝙰𝙸𝙻𝙸𝙻𝙰Onde histórias criam vida. Descubra agora