O novo membro da família! (45)

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Pov Maíara Carla Pereira

Alguns anos depois...


- 𝕻orra ! - segurou minha mão com força - AHHHHHHHHHHHHHHHH! - urrou de olhos fechados.

- Respira, amor! Você está quase conseguindo! - fechei os olhos com força quando ela apertou com força minha mão, quase fazendo meus ossos quebrarem!

Mas não podia reclamar afinal sabia como ela deveria estar sofrendo, principalmente por ser parto normal.

- Já estou vendo a cabeça, só mais um pouco - o médico que estava fazendo o parto disse - força Marília.

- Porra, porraa, PORRAA! - Eu só sabia olhar para ela e para o doutor, meu coração estava apertado por ver ela sofrendo assim, eu disse que cesária era melhor mas ela não me ouviu.

Marília estava com o rosto suado e todo vermelho, tinha lágrimas nos olhos e apertava com força minha mão, essa tortura continuou por alguns minutos, até que eu ouvi um choro de bebê.

Marília estava tão cansada que desabou fraca na cama, mas mesmo assim abriu um sorriso largo quando entregara Marcela para ela, eu estava chorando igual uma criança de emoção, acho que chorava mais que minha filha.

- Oi Filha! - sussurrei para ela e aos poucos ela foi parando de chorar.

- Desde quando ela estava na barriga, você conseguia acalmar ela - Marília sussurrou de volta com a voz mole.

- Precisamos limpar ela mamãe, e fazer os exames - a enfermeira falou chegando ao lado dela.

Marília com pesar entregou a bebê para a mulher que rapidamente saiu da sala me deixando com o coração apertado.

-Amor, pode descansar, você fez um ótimo trabalho - beijei o seu rosto e Marília sorriu fraco.

Maraisa e Carol, após muito choque de realidade e perguntas ridículas, acabaram meio que apoiando nosso relacionamento, mesmo que na época não fosse um relacionamento ainda.

Elas assim como os avós da Marília, ficaram com um pé atrás, com medo das consequências, até Marília estava assim na verdade, mas aos poucos fui tirando essa insegurança dela em relação a mim quando nos mudamos para Veneza.

Ela após negar várias vezes, aceitou, afinal mesmo não admitindo não queria ficar longe da bebê dela, as vezes escapava, e ela ficava vermelha de vergonha.

Compramos uma cobertura, maravilhosa, mesmo eu achando muito grande.

Marília morria de medo de eu enjoar dela, louca, porque se passaram anos e eu continuo sendo trouxa por ela.

A nossa casa é perto da casa da Maraisa e Carol que pouco tempo depois da gente se mudar, adotaram um menino, ele foi abandonado pelos pais e morou na rua até os 13 anos, depois foi para o orfanato, achei muito legal da parte delas adotarem alguém com uma idade não tão convencional.

Carol sempre falou que queria adotar uma criança com mais de 7 anos, pois eles dificilmente eram escolhidos, logo em seguida a Maraisa fez uma inseminação artificial, uma menina linda nasceu, Emily, e depois adotaram mais duas crianças.

Eu comecei a fazer faculdade de administração, e Marília só me enrolava, falando que queria que eu ficasse mais velha para nos assumir.

Acabou que foi ela que me pediu em namoro.

" - Oi amor, não consegui achar ovo de codorna doce... - deixo a frase morrer quando vejo Marília sentada na cadeira com um vestido vermelho justo lindo, ela estava descalça e com os cabelos soltos - Porque você está arrumada? - pergunto curiosa.

𝙰 𝙼𝙰́ - 𝙳𝚁𝙰𝚂𝚃𝙰 || 𝙼𝙰𝙸𝙻𝙸𝙻𝙰Onde histórias criam vida. Descubra agora