𝙰 𝙼𝙰́ - 𝙳𝚁𝙰𝚂𝚃𝙰 || 𝙼𝙰𝙸𝙻𝙸𝙻𝙰

Aquela Pessoa (37)

Pov Maíara Carla Pereira

- 𝖁OCÊ está brincando com minha cara?! - falei indignada olhando a criatura motivo da minha falta de sanidade. 

- Por favor, eu só consigo dormir bem quando estou com você...

Não ouse fazer a cara de cachorrinho!

Ela fez!

Me olhou com aquele olhos castanhos brilhantes que pareciam tristonhos.

Não!

Não!

E, não!

- Se você tentar alguma coisa eu te jogo pro chão!

falei séria e terminei bufando, Marilia abriu um sorriso lindo largo e veio até o meu lado, revirei meus olhos e virei para a parede.

Marilia puxou um pouco do meu cobertor e ficou quieta por algum tempo e eu quase estava caindo no sono.

Até que... Senti o braço dela envolver minha cintura como quem não quer nada, dei um tapa em sua mão e me virei com os olha semicerrados para ela.

- Nem pense - rosnei.

- Eu só ia te abraçar! - ela falou se sentando também, parecendo impaciente.

- Você sempre começa assim! É só um abraço e quando vou ver já está passando a mão em mim!

- Foi só uma vez e eu estava bêbada, então não conta!

- Hahaha, só não começa, ou te taco fora desse quarto! - falei com uma careta e me virei para dormir.

- Por...

- Não!

...
Que cheiro gostoso de morango...

Foi o meu primeiro pensamento quando acordei, fungei e senti novamente o cheiro, aos poucos abri os olhos.

Marilia estava toda agarrada em mim, a perna envolta da minha cintura e a mão segurando uma das minhas forte.

E eu estava igual, com meu braço embaixo da cabeça dela e com a cara enfiada no pescoço dela, sentindo o cheiro dela.

Até dormindo eu não tinha vergonha na cara!

Olhei para o relógio e eram 6:30 da manhã, então eu fechei os olhos e ativei o foda-se, apertei ela com mais força e dormi novamente.

Quando abri os olhos novamente Marilia não estava mais comigo, me sentei na cama estralando minhas costas e foi impossível não pegar o travesseiro dela e cheirar, eu sou tão trouxa!

Hoje era final de semana, por sorte não tinha aula então resolvi tomar um banho e me mandar para a casa da Luisaa depois de tomar café.

Precisava contar para ela oque aconteceu ontem.

...

- Haha! Não acredito! Bem feito! Laura disse.

Quando eu cheguei na casa da Luisa de tarde a gente ficou de bobeira então resolvemos chamar a galera para ir pra casa do Juliano já que ele ficava o dia inteiro sozinho.

A Laura não estava trabalhando e toda a galera estava livre, Laura estava sobre o sofá pequena do quarto de Juliano, o casal Juliano e Edu estavam na cama, Juliano estava sentado e Edu estava entre suas pernas, Luisa estava recebendo um cafuné da Ve ao meu lado no tapete, quando eu contei o que aconteceu ontem com Vanessa todos ficaram tirando sarro de mim.

- Vocês são meus amigos deviam ficar do meu lado!

- A Laura avisou que ela tinha cara de louca - Luisa ressaltou.

- E eu também - Verônica piscou.

- Você era por ciúmes flor - Juliano riu e Verônica amostrou o dedo do meio para ele.

- Depois dessa eu vou ficar um bom tempo sem ficar com ninguém.

- Haha, é só aquela pessoa fazer assim - Luisa estralou os dedos - Que você volta!

- Quem é "Aquela pessoa"? - Juliano perguntou curioso olhando para Luisa de relance.

Fuzilei Luisa e rosnei.

- Se pensar em falar te mato!

- Foi mal galera mas isso é muito - frisou - muito privado.

- Não vai contar pra gente Maiara?!

- Foi mal Edu.
...

Eu sabia que ia terminar assim!

Luisa era uma cachaceira sempre me oferecia cachaça, e eu era obrigada a aceitar.

Ri com o pensamento.

Darius parou na frente da porta principal da casa, sai depois de agradecer ele.

- Psiu! - olhei para ele dentro do carro - tua Madrasta está meio puta contigo - arregalei os olhos e concordei.

- Aff- ri e me recompus tentando parecer sóbria, ri com a imagem de Juliano totalmente bêbado nas costas de Eduardo.

Entrei na pontinha dos pés dentro da sala, quantas horas eram? A sala estava toda escura, e eu cai de bunda no chão quando todas as luzes foram acesas de susto.

Jesus Cristo!

Marilia estava de braços cruzados do lado do interruptor que ficava perto da estante da sala me olhando séria.

Me levantei num pulo com o cu na mão.

- Quantas?! Me fala Maíara, quantas vezes eu disse que é pra você me avisar se fosse sair?!

Marilia estava irada - Custa Maiara?! Custa me avisar que ia sair? Quer que eu deixe você de castigo?! Que inferno! Você...

filha da mãe gostosa, porque ela tem que usar esses robes... Affs ela fica tão... Tão... Não sei nem que palavra usar, os cabelos estavam caindo pelos ombros e ela me olhava furiosa, com as bochechas coradas, olhos semicerrados, e me apontava os dedos.

Fui me aproximando com um bico mas Marilia não parava de gritar que eu tinha que avisar para não deixar ela preocupada.

- Me desculpa...

- Maiara! Não começa! Você sabe que eu já disse várias vezes que... - segurei a cintura dela e sorri antes de beijar lentamente a mandíbula dela.

- Oq-que você está fazendo? perguntou com a voz mole - fui até o seu ouvido e sussurrei um "pedindo desculpas"

- hum... - gemeu quando eu agarrei sua bunda enquanto chupava o seu pescoço.

- É injusto você fazer isso quando eu estou tentando te pagar um sermão!

- Quer que eu pare? - lambi seu pescoço até parar na sua boca e Marilia negou rapidamente olhando pra minha boca.

Talvez eu me arrependa disso amanhã mas eu estou bêbada vou fazer mesmo assim.

Puxei ela mais para mim e tomei seus lábios carnudos que eu estava sentindo tanta falta.