Marília ¹ (22)

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Pov Marília Mendonça

𝕸inha família era muito conhecida na minha cidade natal, sempre fora um nome com muito peso, meu bisavô apenas ampliou isso, eramos donos de uma construtora que era preferência de todos.

O nome foi criando mais significado com meu avô, Vicente muito jovem assumiu os negócios da família e os guiou muito bem, ele tinha somente um filho, meu pai, mas Mário sempre foi um jovem mulherengo, irresponsável e infantil, que mesmo aos seus 28 anos não dava confiança para meu pai assumir os negócios, meu avô segurou o máximo que pode.

Até que devido a idade avançada e o decorrente estresse que ele afirmava não aguentar mais, ele simplesmente entregou os negócios na mão do meu pai, pegou minha avó e foi para uma ilha do Havaí onde abriu um quiosque e vive até hoje.

Pouco tempo depois meu pai engravidou minha mãe e meu avô obrigou eles se casaram.

Meu pai não tinha o talento dos homens da família para os negócios, não demorou muito para a empresa estar caindo em um precipício, ele tentou ao máximo esconder do meu avô, e conseguiu já que meu avô só descobriu quando a situação estava crítica.

Minha mãe, não era muito diferente do meu pai, ela simplesmente pegou suas coisas e fugiu com um amigo de Mário me deixando para trás com apenas 5 anos com meu pai irresponsável.


Quando meu avô descobriu que meu pai tinha falido a empresa milionário da família ficou furioso, brigou com ele, e estava determinado a tomar minha guarda mas Mário não deixou.

Sempre achei que ele só quis ficar comigo pelo fato que meus avós me amavam muito, e meu avô ainda tinha dinheiro guardado, ele sabia que meus avós nunca me deixariam viver na miséria.

Meu avô rígido como era, disse que Mário teria que se virar para arranjar um trabalho, meu pai nem ao menos tinha feito uma faculdade e nunca tinha trabalhado, sempre foi acostumado a gastar dinheiro sem freio, como fez com o capital da empresa, falindo a mesma.

Após não conseguir permanecer em nenhum emprego, meu pai foi obrigado a aceitar ser Bartender em uma boate, algo que ele achava ser humilhante.

Meu avô sempre me garantiu uma boa educação, e sempre pagou tudo que eu precisava, ele nunca entregava dinheiro na mão de Mário por conhecer o filho e saber que ele iria gastar.

Sempre tentei conquistar Mário, mas o mesmo tinha repulsa por mim, sempre me tratando mal, chegando bêbado e me humilhando e até batendo se eu não tivesse feito as coisas certo.

Ele tinha uma raiva de mim por eu ser parecida com minha mãe e ter algo que ele nunca teve... a admiração dos meus avós.

Eu sempre fui estudiosa e responsável, mesmo na adolescência.

Mesmo não sendo correspondida eu amava meu pai, mesmo com a insistência dos meus avós eu não podia deixar ele sozinho, ele não teria ninguém para cuidar dele.

Quando eu terminei minha faculdade de administração sai da minha cidade e fui para Veneza em busca de oportunidade, lá consegui um emprego começando por baixo em um restaurante muito conhecido na cidade, consegui um emprego para meu pai de segurança no mesmo restaurante e logo tratei de obrigar ele a vir também.

Como ele estava desempregado não tinha muita escolha, com o tempo fui conseguindo espaço no restaurante e criando confiança do gerente e dos superiores.

Mas minha vida mudou quando por conhecidencia do destino eu encontrei um homem chorando triste em uma praça na saída do serviço que eu ia a pé para casa, como sempre me preocupava com as pessoas, ressalvi perguntar o motivo dele estar assim.

𝙰 𝙼𝙰́ - 𝙳𝚁𝙰𝚂𝚃𝙰 || 𝙼𝙰𝙸𝙻𝙸𝙻𝙰Onde histórias criam vida. Descubra agora