DROGA PERFEITA (Jungkook Fanfiction)

Declive

Mais um dia se iniciou e eu estava feliz apesar de todos os noticiários na TV estampando meu rosto e me culpando por algo que eu não fiz.

"Será que meu irmão está bem?" , faço essa pergunta há dias e o pior é que não temos contato, não posso simplesmente voltar. E se me pegarem ou se a polícia me pegar? Sei que sou inocente mas a polícia não iria acreditar, levaria todo o caso para a justiça e eu poderia ir presa por algo que não fiz.

— "Você tá bem?" - Jungkook me arranca dos meus pensamentos e eu volto a realidade.

— "Ah... sim, eu só estava pensando no meu irmão... E em como vou fazer para voltar." - digo cabisbaixa.

— "Eu vou falar com o meu avô e ver o que ele pode fazer" - Jungkook diz calçando os sapatos. — "Você vai ver ele."

— "E se ele estiver morto?" - pergunto mas Jungkook logo me conforta.

— "Ele não está." - Jungkook me puxa pela cintura e me dá um selinho.

Depois disso tudo sei que minha vida nunca mais será a mesma, e eu acho que tenho medo do que pode vir a seguir.

— "Agora vamos... temos muitas entregas hoje." - Jungkook me guia para fora do quarto e vamos direto para o carro.

Tom já está lá, checando uma pistola que logo entrega para Jungkook.

— "Por que estão armados?" - pergunto confusa ao entrar no carro.

— "Nós estamos vendendo drogas para pessoas perigosíssimas, precisamos de armas né?" - Tom diz sorrindo como se fosse algo hilario e me entrega um revolver.

— "Ela não sabe atirar cara." - Jungkook diz tirando da minha mão mas devolve quando Tom diz: "Mas se algo der errado ela vaí precisar se defender" fazendo Jungkook bufar e me devolver a arma.

— "Tá vendo? Está travada, e assim destrava." - Jungkook me ensina e eu faço um gesto de entendimento travando a arma novamente e guardando.

Não demora muito para encontrarmos nosso primeiro comprador.

Um velho baixo e careca porém intimidador numa lanchonete de beira de estrada.

O dono da lanchonete sabe de todos os encontros por isso sempre escolhe um dia em que a lanchonete está pouco movimentada para acontecer todas as compras pois segundo ele "não quer manchar a imagem de seu negócio na frente dos clientes se acontecer algo"

— "Esse cara é bem barra da pesada, então eu vou com você. - jungkook diz e logo me segue para dentro do ambiente.

O dono nos observa atentamente até nos sentarmos ao fundo.

— "Achei que não viessem" - o cara diz sério. — "Trouxeram o que foi pedido?"

Jungkook diz que sim e dá para ele a mala com os pacotes de drogas. O cara examina cada pacote e até prova.

— "Essa é da boa." - ele diz. — "Cadê o resto?"

Ele pergunta nos pegando de surpresa e olhamos um para o outro.

— "Como assim? Tá tudo certo cara... O combinado foi 5 quilos" - Jungkook explica.

Meus olhos vão direta para sua calça, ele já está com a mão na arma. Qualquer movimentação suspeita e sei que Jungkook irá atirar sem piedade.

Me lembro da arma que jungkook havia me dado mas só depois lembro que deixei no carro junto com Tom.

Olho para Tom com olhos de "Socorro", e ele está atento.

— "Não caralho, o combinado foi 5 quilos e meio" - o homem diz lentamente e eu consigo ver que está começando a ficar bravo.

— "Então algo está errado... porque foi essa quantia que nós passaram." - Jungkook tenta se justificar mas sem sucesso.

— "Nesse caso... eu não vou pagar até vocês me darem o meio quilo" - o homem avisa e jungkook começa a fica nervoso.

— "Olha, você não tá entendendo... temos que levar o dinheiro hoje... não fazemos caridades, me lembro perfeitamente que o combinado foi 5 quilos, nem menos e nem mais." - Jungkook explica mas sinto seu corpo ficar tenso.

— "Bom, eu vou dar o dinheiro quando me trouxerem o meio quilo que falta." - o homem insiste e me olha por uns segundos. — "A menos que você me deixe ficar com a gatinha... como garantia." - o velho se aproxima de mim e toca meu braço que estava sob a mesa.

Eu rapidamente nego o toque e olho para Jungkook e o homem insiste mais uma vez.

Rapidamente os dois se levantam sacando as armas um para o outro. Não demora muito para os capangas do velho e Tom aparecerem.

Aquilo iria virar um verdadeiro banho de sangue e eu continuo ali congelada.

— "Olha só seu merda, eu já falei que ela não vai então trate de nos dar a grana ou você morre."

Só depois eu me levantei e o homem conseguiu passar a mão em meu braço virando a gota d'água para Jungkook que atira no velho.

O velho ganha uma bala bem no pescoço e jungkook me puxa para a saída no meio dos tiros.

Olho para trás e Tom está caído no chão ferido mas Jungkook consegue me levar para dentro do carro e dá a partida.

— "Temos que voltar para pegar o Tom" - digo gritando para Jungkook parar o carro mas ele não me dá ouvidos.

— "O Tom já tá morto valeu, e mesmo se ele não estivesse, logo ele vai estar." - eu paro de falar ao passar a mão na barriga e ver sangue em minha mãos.

— "Jungkook..." - digo quando finalmente eu percebo que fui atingida por um bala.

— "Porra" - Jungkook para o carro e tira sua camisa para cobrir meu ferimento mas eu já estou ficando sem forças. — "Aguenta firme."

Cada segundo que passa o banco do carro fica sujo de sangue e eu me apavoro. Posso ver as mãos de Jungkook tremendo e raiva em seus olhos.

Ele volta a dirigir freneticamente.

Jungkook chega na organização me tirando do carro e me levando porta a dentro.

— "Meu Deus o que aconteceu?" - Jina vem correndo assim que percebe o rastro de sangue.

— "Teve uma troca de tiros... ela foi baleada." - Jungkook explica apavorado me colocando em uma cama de algum quarto que estava por perto e colocando a mão no rosto que acaba deixando uma marca do meu sangue. — "O Tom ficou lá, tivemos que deixar ele."

— "Liga para a médica e diga para ela vir correndo." - Jina pede para um dos capangas que faz o que foi pedido.

— "Temos que levar ela pro hospital, ela tá perdendo muito sangue, ela vai morrer." - Jungkook diz e posso ver que ele está apavorado.

— "Não podemos... é uma ferida de bala." - Jina grita com o próprio neto.

Tudo o que vi foi apenas uma escuridão  e eu apaguei...

Talvez minha hora havia chegado!

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