DROGA PERFEITA (Jungkook Fanfiction)

Excitação, medo e adrenalina

A imagem dos miolos do homem sobre o chão continuava na minha mente e o barulho do tiro soava como um gongo em meus ouvidos repetidas e repetidas vezes.

Aquele homem iria me matar se não fosse o Jungkook e ele iria matar o Jungkook se não fosse por mim, se eu não tivesse feito nada talvez nós dois estaríamos mortos naquele porão enquanto o rival sairia vivo. Eu tinha que fazer alguma coisa, não podia me culpar, certo?

Voltei a consciência quando Jungkook entrou no quarto e trancando a porta logo rm seguida.

- "Vai ficar tudo bem tá bom?" - ele diz para me acalmar quando nota minhas pernas tremendo. - "confia em mim" - ele diz olhando diretamente para os meus olhos o que me trouxe segurança.

Ele se abaixa lentamente até chegar em meus lábios e eu apenas me deixo envolver pelo momento.

Nossos lábios se tocam e nosso beijo é lento porém intenso, sinto que ele queria aquilo tanto quanto eu.

Jungkook leva seus beijos para o meu pescoço e depois desce para a minha virilha depositando beijos, finalmente quando ele coloca minha calcinha pro lado ele para apenas para me deixar mais louca e vai em direção da porta para sair.

- "Eu-eu quero voce" - digo baixo mas alto o bastante para ele ouvir mas ele sai mesmo assim, seu sorriso é tão grande que consigo ver mesmo de costas e eu suspiro.

◾ ◾ ◾

Acordei lentamente e esse maldito sol sempre cegou os meus olhos. Fui até a janela e fechei a cortina me deitando novamente, me lembrando da noite passada. Não acredito que fiz aquilo.

- "Hora de acordar princesinha, o chefe quer falar com você agora lá em baixo" - Laura jogou a minha coberta para longe e saiu. Falar comigo?

Me levantei novamente e desci as escadas. O chefe estava junto com Jungkook e mais outros três caras. Todos eles eram intimidadores como sempre. Eu fui para o lado de Jungkook.

- "Hoje ela irá fazer o nosso transporte de drogas." - O avô de Jungkook me olhou, com certeza para ver a minha reação. Ele queria me ferrar.

- "Não. Eu não vou fazer isso." - me exaltei. - "Não sei como transportar drogas... Vão me pegar."

- "É isso ou montar o plano do nosso próximo roubo, você escolhe." - O velho me observou. Se eu tentasse montar um plano talvez eu pudesse fazer todo mundo ali ser preso causando portando, a minha morte.

Jungkook apertou a minha mão...

- "Vai ser fácil, você só precisa encontrar o nosso cara em uma lanchonete, dar a droga para ele e ele te passa o dinheiro, sem deixar ninguém perceber." - ele me explicou.

- "Nossa, isso me deixou mais calma." - disse sarcástica.

- "Agora vão logo e se forem pegos, eu não vou arcar com as consequências." - O chefe disse rigoroso e saiu, seus capangas foram atrás mas um homem permaneceu na cadeira.

- "Vamos então? Nosso cliente não pode esperar." - O próprio disse.

- "Jungkook eu não posso fazer isso, eu não sei fazer isso." - digo como em um pedido de socorro.

- "Meu avô é difícil, eu tentei de todas as formas de manter longe de tudo mas ele insistiu que você deve provar pra ele que ele pode confiar em você... você só vai entregar a droga e pegar o dinheiro." - Jungkook diz fazendo parecer um tarefa cotidiana.

Em menos de algumas horas já estávamos dentro do carro indo em direção a minha primeira interação com o tráfico. Meus pais deviam estar muito decepcionados comigo e isso não me orgulhava.

- "Vai dar tudo certo" - Jungkook piscou para mim me confortando e estacionou perto de uma lanchonete povoada.

- "É o seguinte, você vai entrar na lanchonete e pedir panquecas, o cliente vai chegar e vai ver que você está comendo panquecas, é assim que ele vai te identificar... Aliás meus nome é Tom" - ele sussurrou. Sua aparência era assustadora, eu estava assustada.

- "Fica calma. O tom lidera as distribuições de drogas na organização, ele já fez isso várias vezes." - Jungkook finalmente falou e abriu a porta para eu sair. - "Seja discreta."

- "Vai ter mais pessoas comendo panquecas lá, como ele vai saber exatamente que sou eu?" - perguntei.

- "Falamos que você tem cabelos bem pretos, e está usando um casaco enorme do exército... Fácil." - Tom disse. Fiz que sim com a cabeça enquanto eu escondia o pacote de drogas no casaco enorme que Jungkook tinha me dado e eu sai.

Parecia que iria desmaiar, nunca fiz aquilo e estava prestes a largar tudo e sair correndo.

Fiz exatamente como me falaram; pedi para a garçonete o prato de panquecas e logo a moça me entregou.

Esperei por alguns minutos impaciente e olhei várias vezes para fora na esperança de ver o cara. Nada.

O carro de Jungkook continuou parado do outro lado da calçada e eu batia o pé no chão.

- "Moça? Está gostando das panquecas?" - a garçonete me pegou de surpresa olhando confusa por eu ainda não ter encostado nem um pouco na comida.

- "Sim, sim... Eu tô adorando." - como um pedaço e ela saiu sorrindo. As panquecas realmente estavam muito deliciosas. Não comi no café da manhã.

Começei à comer as panquecas até um cara estranho entrar na lanchonete.

O cara era careca e se sentou sutilmente à minha frente. Ficou me encarando por uns segundos mas me passou o dinheiro por baixo da mesa e olhando para os lados. Eu fiquei alguns segundos sem saber o que fazer mas depois passei o pacote por baixo da mesa e o cara saiu porta à fora com o pacote.

Terminei de comer para não dar tão na vista e deixei as gorjetas saindo naturalmente até o carro.

Medo e adrenalina. Era o que eu estava sentindo. No fundo, parecia que estava orgulhosa de mim mesma apesar de tudo isso ser errado. Entrei no carro.

- "Meu Deus, eu estou tremendo." - disse rindo. Jungkook e Tom riram de mim.

- "É assim que você sabe que está vivendo." - Tom disse rindo e saindo com o carro.

Fazer algo fora da lei nunca me deixou tão excitada. Isso era novo para mim, uma garota que tinha como meta de vida permanecer na linha. Primeiro a tatuagem e agora isso, esse era um lado meu que eu nunca tinha visto antes...

Um lado completamente diferente.
Talvez um lado que eu até gosto mas devia temer...