Pesadelo

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*Atualização todo domingo*

RAIN

Era uma tarde ensolarada, os pássaros cantando do lado de fora, os barulhos das ondas era terapêutico e em casa os raios de sol atravessando as janelas, eu acordei feliz.

Desci as escadas em direção à cozinha e me sentei à mesa farta com minha mãe, meu pai e meu irmão todos à mesa, sorrindo e se servindo, eu ouvia atentamente minha mãe falar como seu trabalho seria exaustoso e gargalhavamos da maneira dela falar que odiava o patrão.

"Eu to falando aquele cara é o capeta" - Ela esbraveja e todos riem, inclusive eu. Seus cabelos castanhos balançando com o vento que vinha da janela me fazia observar ela ainda mais. Esses momentos em família me deixa tão viva!

Alguns minutos se passaram e de repente, a cozinha é acertada com vários tiros. Alguns acertam as paredes e os copos de vidro caem no chão fazendo uma barulho ensurdecedor. Eu demoro uns segundos para entender o que é acontecendo até ver minha mãe passar a mão na barriga.

Em questão de segundos, ela cai no chão e o piso vira uma poça de sangue. Meu pai puxa a arma da cintura e começa a trocar tiros.

Meu irmão e eu carregamos minha mãe para longe do tiroteio mas é tarde demais.

- "Eu amo vocês!" - é a última coisa que ela diz antes de partir.

- "Peguem todo o dinheiro que tem dentro da mala no quarto e saiam já daqui." - meu pai ordenou assim que vi uma bala atingir seu peitoral. Meu pai caiu no chão imóvel. Eu entrei em choque.

- "Rain vai pegar a mala e sai daqui!" - meu irmão diz pegando a arma de meu pai que estava no chão e começando a trocar tiros também. - "Eu te dou cobertura"

- "Eu não vou deixar você aqui... não vou!" - digo com lágrimas nos olhos e sem entender nada.

Tiros? Mala? Dinheiro? Me sinto tonta.

Meu irmão se distrai por alguns minutos e é atingido por uma bala bem no ombro, fazendo ele cair sentado no chão.

- "Anda Rain, eu vou ficar bem." - ele me observa e sabe que eu estou em choque. - "Vai e não olha para tras, está tudo bem, prometo te contar tudo depois." - ele me motiva então eu corro até o quanto dos nossos pais e acho a mala cheia de dinheiro em baixo da cama e logo desço.

Meu irmão mesmo atingido ainda se encontra trocando tiros.

- "Eu já chamei reforços, mas você não pode ficar aqui!" - ele grita entre os tiros. - "quando estiver tudo bem a gente se encontra" - faço que sim com a cabeça e saio correndo.

Saí pela a porta e entrei no carro do meu pai. O que foi tudo aquilo? Não sei o que está acontecendo.

Um cara consegue abrir a porta do carro e me puxar para fora mas por sorte eu consigo chutar as partes de baixo dele o fazendo cair no chão e isso me dá tempo para ligar o carro e fugir deixando para trás toda a minha vida, todo aquele tormento. Por algum motivos eu sabia que viriam atrás de mim... algum dia.

Eu não estava conseguindo respirar, meu pai e minha mãe foram assassinados na minha frente e eu ainda fui obrigada a deixar meu irmão para trás.

- "Para de chorar!" - disse para mim mesma. Preciso ser forte. Preciso ir até a delegacia. Meu subconsciente disse.

Abro a mala e estava lotada de dinheiro. De onde surgiu tudo aquilo?

Até onde eu sei meu pai era contador, vivíamos bem mas não éramos tão ricos assim.

Decidi então parar perto de um bosque e enterrar a mala com o dinheiro, colocando uma pedra em cima para marcar o local e entao vou até a delegacia e entro desesperada.

- "Por favor... mataram... meus psis... por favor" - isso foi tudo oque disse antes da minha visão escurecer e eu cair no chão desmaiando.

.....

Acordei com uma luz branca sobre meus olhos e uma enfermeira e um policial estavam em volta de mim. Eu dei um pulo assustada.

- "Tudo bem, você está no hospital!" - a enfermeira me acalma e em seguida põe uma lanterna pequena nos meus olhos. - "Quantos dedos tem aqui querida?" - Ela colocou os dedos na minha cara.

- "Três." - disse apertando um pouco os olhos.

- "Boa menina!" - Ela sorriu e anorou tudo em uma prancheta.

- "Agora eu tenho que fazer perguntas à ela" - o policial tirou um caderninho do bolso e parecia impaciente, como se estivesse de saco cheio e só quisesse ir embora para casa.

- "A paciente ainda não está totalmente de acordo." - a enfermeira interrompeu.

- "Não, eu posso fazer isso!" - falei e o policial olhou para a enfermeira convencido, ela saiu da sala.

- "Muito bem, você pode nos dizer o que houve?" - ele me olha atento.

- "Posso... Eu estava em casa com a minha familia e... houve tiros, eu não sei porquê mas... mataram meu pai e minha mãe" - tento parecer calma mas pareci desesperada, afinal, eu estava desesperada.

Mas em um relance lembro de meu irmão dizendo para não contar nada disso para ninguém.

- "Hum, você passará a noite aqui em observação ao amanhecer irá conosco para a delegacia!" - ele diz autoritário e sai.

Será que minha família escondia algo de mim? Porque eu não deveria contar?

Se tiver mais por trás sinto que não posso ficar aqui, alguém pode aparecer a qualquer momento. Tirei os equipamentos que estavam ligados à mim e a dor que senti ao removê-los nem de longe superou a dor que estava sentindo de perder meus país. Vesti a minha roupa e consegui fugir antes que percebessem.

- "Droga!" - falei quando descobri que já eram quase meia-noite. Saí do hospital ligeiramente sem que ninguém me visse, por sorte meu carro ainda estava em frente ao hospital e a chave ainda estava comigo, peguei meu carro e saí. Quando perceberam que eu não estava mais no quarto eu já estava bem longe.

Dirigi até o tal bosque, peguei minha mala e contei o dinheiro que havia pegado. 1 milhão de dolares.

Várias perguntas começaram a rondar pela minha cabeça, eu iria descobrir mais coisas?

Eu não sabia onde estava, ou por quantas horas eu havia dirigido mas eu sabia que era tempo demais e que já estava longe o suficiente e com a gasolina acabando.

Quando pequena, eu assistia filmes, séries e até documentários políciais e criminais, então sabia que a polícia poderia rastrear meu carro facilmente então eu apenas larguei o carro no meio da estrada e decidi seguir meu caminho andando, apesar de já ser de madrugada e a estrada estar escura demais.

Com meu corpo pedindo cama tive que me hospedar em uma pensão estranha, em um lugar estranho caindo aos pedaços, apenas para dormir, o custo era barato 30 por dia.

O meu quarto era simples, uma cama simples ao lado de uma estante simples, com uma tv dos anos antes de cristo. Eu apenas chorei até dormir.

No dia seguinte de eu me hospedar nessa pensão foi quando ele apareceu... Jeon Jungkook, cujo o rosto de anjo escondia coisas sombrias.

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DROGA PERFEITA (Jungkook Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora