DROGA PERFEITA (Jungkook Fanfiction)

Anjo X demônio

Tom mantém a expressão seria enquanto calcula quanto lucramos hoje. Encontrei mais de 20 caras e todos eles sempre pagavam com uma boa quantia de dinheiro. Até agora está dando tudo certo.

- "Novecentos e oitenta mil... 200 mil pra cada um de nós e 380 mil para o chefe" - O cara comemora e eu sorrio.

- "Dinheiro. É disso que eu tô falando." - Jungkook comemora com Tom e pisa o pé no acelerador saindo com o carro. Realmente é muito dinheiro, eu acabo soltando um sorrisinho de lado.

Ao chegarmos na organização o chefe nos chama para a sua sala e sorri vendo o lucro que tivemos e nos dá o nosso dinheiro. Eu continuo sem acreditar.

— "Como está se sentindo? Não foi tão ruim foi?" — Jungkook diz quando entramos no quarto.

— "Eu-eu estou me sentindo... poderosa." — sorrio e ele sorri também.

— "Você será uma boa negociante com o passar do tempo." — ele diz e eu quebro o silêncio.

- "Então eu posso comprar qualquer coisa com esse dinheiro?" - pergunto à Jungkook guardando meu dinheiro na mala.

- "Qualquer coisa que quiser... E se fizer que nem eu, pode ir guardando..." - ele se gaba.

- "Você já ganhou muito dinheiro com isso?" - digo chocada.

- "Mais ou menos" - ele fala fazendo mistério. - "Meu avô as vezes me dá mais do que eu preciso."

- "Pelo o menos você tem avô." - digo cabisbaixa. E é verdade, ele tem a avó e o avô ainda, e eu que não tenho mais ninguém?

Essa lembrança me assombra todos os dias, sei que tenho meu irmão mas não é a mesma coisa  na verdade, nem sei se ele esta bem.

- "Chega de tristeza porra, você ganhou o seu primeiro dinheiro." - ele me balança. - "Você merece encher a cara ou coisa de mulher sei lá." - ele diz e enche a minha taça com champagne até a boca.

- "Não coloca demais, ou vou acabar ficando chapada." - sorrio colocando a garrafa de champagne para longe da minha taça.

- "Você eu não sei mais eu vou ficar doidão." - ele diz e gira a garrafa.

- "Eu queria poder ir ao shopping... mas não posso comer minha cara estampa em todos os lugares." - digo bebendo um pouco do champanhe. - "preciso de roupas."

- "Tem uma lojinha de roupas alguns quilômetros  se quiser te levo la" - ele se oferece.

Eu deveria estar comemorando. Deveria estar animada, mas tudo o que quero é saber mais um pouco sobre a vida desse garoto estranho à minha frente.

Ele parece não gostar quando pergunto sobre a vida pessoal dele, e principalmente, quando pergunto sobre sua família.

Será que ele não tem pais assim como eu? Ou tem um mal relacionamento com eles e por isso vive com os avós?

Ele me trata bem as vezes, e parece gostar de mim as vezes, mas eu sinto que esse lado dele ainda não é nada.

Tenho tantas perguntas para fazer à ele porém pouquíssimas eu sei que ele irá responder.

Quero saber por que ele é tão misterioso e intimidador mas ao mesmo tempo parece ser tão aberto e amoroso, quero saber por que ele entrou para a organização, ele entrou porque quis ou foi forçado?

Minha cabeça fervilha com essas perguntas.

- "Posso te fazer uma pergunta?" - Dou um gole em meu champagne.

- "Depende... Vai perguntar se eu sou virgem?" - ele me fuzila de cima à baixo e eu fico tímida com as palavras dele.

- "Não... Quero saber por que entrou para organização e... por que não me responde quando pergunto dos seus pais." - digo rápida.