A festa tinha acabado, S/n pegou sua bolsa e foi andando para sua rua, com Paola, Nimbus e Do Contra. S/n não aguentava mais a voz da sua irmã.- Do Contra, você vai dormir lá em casa? Eu posso arrumar o lugar que você vai dormir, quer?
- Sim. - ele revirou os olhos e comecou andar na frente.
- Isso foi um "não", presta mais atenção. - Nimbus falou.
- Sério? Poxa! - Paola disse fazendo biquinho.
Quando chegaram em casa, Paola entrou primeiro e Nimbus foi direto para a sua casa pegar a suas coisas.
- Ei! - a voz de S/n estava diferente agora; rebaixada, mais tímida.
- Sim...
- Eu gosto muito de você. Não no sentido romântico, eu não sei explicar! Desculpa.
O peito de Do Contra se apertou, seu coração batia rápido demais, mas ele não conseguia demonstrar. Não agora, e definitivamente não na frente dela. Ele ficou sem reação.
- Obrigado. - disse ele, olhando para a porta da casa dela, esperando que suas bochechas não estivessem vermelhas.
Mas S/n não tinha terminado.
- Por que você não diz nada de volta? - Do Contra não respondeu, rindo para si mesmo sem jeito, tentando não deixar seu carinho esmagador quebrá-lo, enquanto S/n continuou, sua voz agora soando chateada. - Nada em troca?
- Obrigado. - Do Contra disse sem rodeios, esperando que S/n simplesmente deixasse de lado. Mas não, claro que não.
- Você tem que dizer isso. - E Do Contra estava começando a rir porque S/n estava choramingando em seu jeito extra fofo que literalmente ninguém conseguia resistir.
Mas Do Contra ainda tentou. - Por favor. ele começou a dizer, mas S/n apenas o cortou novamente, os dois deram uma risada curta e ficaram se olhando.
- Vou ficar aqui até ouvir você dizer essas palavras. - E de repente S/n não estava mais na frente da porta dela e sim em sua frente, bem perto do seu rosto e Do Contra não pôde evitar a descrença afetuosa estampada em seu rosto. S/n realmente era algo. - Por favor, diga essas palavras. - S/n estava bem mais perto olhando para os lindos olhos dele.
Ele não conseguia tirar o sorriso do rosto
Ela se afastou e se sentou na escada que tinha perto da sua casa.
Silenciosamente, quase quieto demais, ele acenou com a cabeça, dizendo.- Também gosto de você.
S/n fingiu não ouvi-lo no entanto, virando-se e dando a Do contra o olhar mais carinhoso e atrevido. -Desculpe, o que você disse? - a menina disse, expectativa plena em seu rosto.
Do Contra balançou a cabeça e cedeu novamente. - Eu não gosto de você. - Do Contra disse em um tom murmurado.
- Melhorou... Me sinto aliviada.
- O que diabos tinha acabado de acontecer? - Do Contra respirou fundo.
- Não sei, eu vou arrumar aqui as coisas e os colchões, vai lá pegar suas coisas e mande o pessoal trazer roupa de banho pra amanhã, manda mensagem, vou deixar a porta aberta, é só entrar.
Do Contra assentiu e foi para sua casa, S/n entrou, tomou um banho quente e colocou seu pijama, arrumou seu quarto, colocando alguns colchões no chão e pegando os cobertores. As crianças iriam demorar, então deu tempo de fazer pipoca e comprar alguns lanches que vieram de motoboy.
Quando chegaram, S/n estava ansiosa, ela nunca tinha recebido seus amigos em casa, lá estava Magali, Mônica, Cascão, Cebolinha, Do Contra, Nimbus e Milena. Os outros não iriam vir pois seus pais não deixaram.
Eles subiram para o quarto, eles já estavam trocados com seus pijamas, colocaram suas mochilas no canto e se sentaram no colchão.
- Vamos fazer alguma coisa - Magali sugeriu, mordendo seu lanche.
- Eu quero. - Do Contra se deitou, já se cobriu e ficou olhando para todos.
- Cadê sua irmã? Assim poderíamos fazer alguma coisa com várias pessoas. - Cascão disse, mas Mônica chutou ele devagar. - Deixa pra lá.
- Bom mesmo que você deixou pra lá. - S/n sorriu e sentou do lado do Contra.
Ela chegou perto do ouvido dele, e sussurrou. - Na verdade, posso dormir com você?- Não. - Do Contra sussurrou.
- Que casal, se assume logo. - Magali disse e logo pegando a pipoca e colocando em sua boca.
S/n corou e passou a mão no cabelo, estava com vergonha e desconfortável de como todos olhavam pra ela.
- Vamos ver um filme, depois a gente pode brincar de algo. - Milena tentou mudar de assunto pois viu a amiga ficando cada vez mais vermelha.
- Tá bom. - Nimbus pegou o controle e ligou a tv do quarto, ele ficou passando os filmes até todos falar que era aquele.
Assim que todos ficaram prontos, eles colocaram um filme. Um filme de terror.
Logo S/n se aconchegou em Do Contra - Estou cansada. - Ela murmurou. ,
Ele deitou ao lado dela e colocou o cobertor sobre os dois. S/n instantaneamente se aconchegou em Do Contra e adormeceu rapidamente.
- Ela já dormiu? Eu gosto da S/n, ela é tranquila e uma boa pessoa. Mas acho que ela passa por várias coisas. - Cebolinha abraçou o travesseiro.
- Também acho, olha vamos fazer assim. Vamos acordar lá para as duas da manhã? - Cascão deu uma ideia totalmente estranha.
- pra quê? - Todos perguntaram.
- Sei lá. - Cascão bateu a mão na testa. - Vamos?
Todos fizeram sim com a cabeça para saber qual seria a ideia do cascão nesses horário. Eles desligaram a tv, e Milena colocou o despertador para tocar no tal horário. Eles adormeceram logo depois, menos Do Contra.
Do Contra no entanto, não conseguia dormir tão bem. Seus pensamentos vagaram. Começou inofensivo, com o que ele vai fazer amanhã, mas logo passou a se preocupar, mas mais do que tudo, ele se preocupava com S/n. S/n parecia mudado depois que beijou Titi.
Do Contra não sabia que horas eram, provavelmente meia noite, quando sentiu S/n se mexer em seu sono. Ele se virou e viu uma carranca cheia de dor no rosto da amiga. Então S/n soltou um gemido. Do Contra decidiu que talvez devesse acordá-la, quando a mais novo soltou um grito de partir o coração e disparou. Lágrimas escorriam por seu rosto e sua respiração era irregular. Ela parece tão cheio de medo, que partiu o coração do Do Contra.
"Deve ter sido um pesadelo" Do Contra imaginou.
Ela abriu os olhos e viu Do Contra acordado, ela chegou mais perto dele sussurrou.
- Quer me abraçar?
Do Contra chegou perto e a abraçou. S/n levou sua mão até a cabeça dele, colocou em seu ombro fez carinho no cabelo dele.
- Eu estava com um pesadelo, está tudo bem... Você não dormiu até agora, vou ficar aqui com você.
- Vai dormir S/n. - ele tentou se afastar, mas ela abraçou mais forte.
- Eu quero viver com você pra sempre. - ela chegou mais perto, Do Contra segurou no rosto dela. Sua mão estava quente e seus dedos segurava a bochecha dela de forma suave.
Um toque de celular começou a tocar, S/n se afastou rapidamente e fingiu que estava dormindo. Ela sorriu de lado cobriu o rosto com o travesseiro.
Ela não queria beijar ele, mas ver ele de perto era a própria perfeição.
Do Contra abraçou ela bem forte, sendo ela a conchinha menor.O toque estava sendo irritante, até alguém levantar e ir atender. Era o celular da Mônica. Ela desligou pois era número desconhecido, ela apontou a luz do celular para a dupla dormindo e ficou admirando os dois. Ela se agachou em cada colchão e acordou todos para olhar.
S/n e Do Contra tinham dormindo, e nem viram o que estava acontecendo. Nimbus ligou a luz e Magali tirou uma foto. Eles tinham perdido o sono, começaram a conversar e rir um pouco baixo. Cascão apagou a luz, e lá estavam eles comendo a metade do lanche que sobrou e conversando.
...
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De todos os estranhos do mundo, eu quis você! (Do contra Dc e leitora S/n)
Fiksi PenggemarS/n se mudou para um bairro diferente, ela tinha um estilo diferente e tinha manias que ninguém pensava que ela teria, mas ela tentava fazer amizades e ficar perto de pessoas. Nada se compara ao desejo do ser humano. Ele, um menino com 14 anos, que...