Levi e Mary não eram muito diferentes, ele tinha problemas em casa e ela também tinha, ambos moravam na mesma rua e frequentavam a mesma escola desde sempre. Foi por isso que ele sentiu que ela o completava, mesmo que fosse de uma maneira fantasiosa e repulsiva, ele sentia a necessidade de estar do lado da garota.
Ele viu Mary pela primeira vez quando ambos tinham 11 anos, ela entrou na sala de aula agitada ao lado da professora que segurava sua mão e dava leves tapinhas nas costas da loira que chorava baixinho. Mary tinha uma pele pálida com o nariz e as bochechas naturalmente avermelhadas, um longo cabelo loiro, olhos dourados e dentes levemente tortos.
Foi amor á primeira vista - isso pelo menos na concepção de Levi, que não sabia nem o que era amor.
Ela passou o dia chorando e fungando baixinho, por não entender japonês muito bem a menina se isolou da sala e ficou sozinha por um bom tempo. Levi ficou obcecado pela garota e até começou á aprender alemão para falar com a menina, quando ele começou á se sentir angustiado por esse amor ele foi pedir ajuda para seu Tio Kenny, o homem era um membro ativo da Yakuza, passava o dia fumando, andando com prostitutas e participando do tráfico de drogas e do tráfico humano, ele não era o melhor tipo de conselheiro, mas era o que Levi tinha:
"Você precisa estabelecer dominância e mostrar pra ela quem manda, moleque" - ele respondeu com orgulho bebia cerveja com seus "amigos".
Levi até pensou em pedir conselho para eles também, mas desistiu instantaneamente já que nem seu tio havia conseguido ajudar. O menino se viu perdido, então ele começou a pensar no que sua mãe falaria para ele, mas nada lógico saia de sua cabeça.
Foi então que, da janela de seu quarto ele viu Mary e seu pai, ele instantaneamente arregalou os olhos e se perguntou como ele nunca tinha visto a menina voltando para escola. Ambos discutiam em alemão, já que Levi se prestou á estudar a língua ele conseguiu entender o motivo da briga, Mary não tinha limpado a casa e segundo seu pai, estava tudo uma bagunça.
Quando Levi estava prestes á fechar a persiana de seu quarto, ele viu o pai da garota começar á espancar ela, pela primeira vez Levi se deixou se levar pelo pânico. Kenny cuidou muito "bem" de seu sobrinho após a morte de sua mãe, ele até introduziu o garoto no meio da Yakuza e ele sabia se defender muito bem até de um homem adulto, mas naquele momento ele nem conseguia se mexer.Ele queria proteger Mary, ele queri cuidar dela custe o que custar. Mas o que uma criança de 11 anos poderia fazer? Foi então que ele fechou a persiana, se deitou na cama e abafou os ouvidos com o travesseiro para abafar os gritos.
No outro dia, ele se convenceu de que iria conversar com Mary, mas pelo o que aconteceu no dia anterior ele sabia que a garota não iria á escola, mas ele foi. Com seu vestido branco de verão e sua mochila vermelha, ela entrou na sala e se sentou no lugar vazio ao lado de Levi. Mais uma vez ele ficou em pânico, ele passou os olhos pelo corpo da garota e não conseguiu ver nenhum machucado, não havia nada. Talvez fosse um sonho, um delírio dele.
Mary pegou Levi olhando fixamente para ela e se sentiu envergonhada, na verdade, ela ficou com medo. Ele estava vendo os machucados em seu corpo? Ela estava feia? Seu vestido estava rasgado? Sua roupa estava suja? Em uma guerra mental ela sentiu que ia chorar, até escutar Levi dizer:
- Dein Kleid ist wunderschön - ele falou friamente e então se virou para encarar a lousa vazia.
(Seu vestido é bonito.)A loira piscou lentamente, seus olhos cor de mel se encheram de lágrimas e ela fungou baixinho enquanto sorria e falava "Obrigada" em alemão. Depois disso, ela nunca mais se desgrudou de Levi, eles se tornaram bons amigos depois disso.
Mary constantemente passava seus dias na casa de Levi brincando, ela ensinava ele á melhorar seu alemão enquanto ele ensinava a garota o básico do japonês. Kenny até dava indiretas para o sobrinho quando ambos estavam juntos, o homem até parou de fazer reuniões e receber prostitutas em sua casa por causa da frequência da menina, ele não iria meter mais uma criança nisso.Mas um dia, tudo isso acabou. Numa noite Levi acordou com os gritos de Mary, ele abriu a persiana e viu o pai da garota batendo nela mais uma vez. Ao invés de tampar os ouvidos, ele desceu as escadas correndo e chamou Kenny para ver o que estava acontecendo. A menina implorava por socorro e pedia para que seu pai não matasse ela, Kenny não entendia o que ela falava, mas Levi conseguiu entender tudo muito bem.
No dia seguinte, Kenny foi fazer uma "visita" para o pai de Mary, depois disso, os dois se mudaram e Levi nunca mais viu a garota. O garoto então passou por um enorme bloqueio emocional, não saía de seu quarto e seu TOC havia piorado, Levi se tornou mais agressivo e difícil de se lidar, o garoto estava mais frio e nem seu Tio conseguia lidar com ele. Quando o garoto fez 15 anos, Kenny foi embora sem falar nada, ele sumiu igual Mary e deixou ele parase criar sozinho.
Levi fez o possível e o impossível para sobreviver sozinho, ele trabalhava nos horários livres, tinha as melhores notas na escola e ainda deixava sua casa impecável. Mas mesmo assim ele sentia um vazio enorme em seu peito, a cada noite ele pensava a mesma coisa: "Se eu não tivesse falado nada, ela ainda estaria do meu lado."
s i n o p s e.
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𝐌𝐚𝐫𝐲 - Yandere! Levi Ackerman.18+
Hayran Kurgu- 𝕸𝖆𝖗𝖞 é a garota que te deixa para 𝔪𝔬𝔯𝔯𝔢𝔯, ela diz; "Eu sou 𝖗𝖊𝖆𝖑, você 𝖓𝖆̃𝖔." - Alex g. 🥩 ------ 𝕬𝖛𝖎𝖘𝖔, está fanfic contém: conteúdo sexual, menções de estupro e abuso doméstico, morte de personagem importante na obra, horror...