Capítulo 6

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                                 Assim que Blake entroucarregando Zarah, levou-a direto para um dos quartos de hóspedes. Omar tinha afunção de mordomo, mas ele era muito mais, era um médico aposentado, no qualBlake ajudou, quando seu filho fora assassinado por extremistas islâmicos. Logodepois de estarem no quarto e depositar o corpo de Zarah sobre a enorme cama,Omar entrou rápido e Blake explicou o que tinha acontecido, o médico saiu parapegar seu material para examina-la melhor. Omar  retornou e verificou seus sinais vitais, depois fez um curativoem sua cabeça. Ele explicou que ela poderia acordar a qualquer momento e que oferimento não era grave. Antes de Omar sair, ele pediu que uma das mulheres fossem ajudá-lo, queria deixa-la confortável. Três de suas funcionárias, foram chamadas, Najla, Rana e Samia esposa de Omar. A mais velha, levou uma camisola fina de algodão. Depois de trocar as roupas de Zarah, limpar seu rosto e trocar a fronha suja de sangue, deixaram Blake sozinho com ela. Já passava das dez da noite quando ela acordou, sem distinguir bem as imagens que via e com uma dor de cabeça terrível, respirou fundo e deixou que seus olhos se acostumassem ao brilho suave de um abajur. Aos poucos, percebeu que estava em um belíssimo quarto, deitada sobre uma cama com um dossel. O ambiente era em azul e amarelo ocre, com móveis de madeira rústicos. No quarto havia uma porta janela, que era iluminada pela luz suave da lua. Uma brisa perfumada invadia o quarto, dando-lhe uma sensação de paz. Havia lanternas marroquinas suspensas, cujas as velas faziam lindas figuras nas paredes do quarto. Perto da porta janela alguém cochilava calmamente. Mesmo na pouca luminosidade, ela reconheceu o corpo de Blake. Então, tentou se lembrar do que tinha acontecido. Lembrou do dia em Fez e do momento que ficou sozinha. Tentou se levantar da cama e uma pontada lancinante a fez gemer de dor, acordando Blake.

- Zarah? Você está bem?

Ele se pôs de pé ao lado da cama, estava preocupado.

- Estou com dor de cabeça e um pouco zonza. O que aconteceu?

Ele se sentou cuidadosamente na beirada da cama.

- Eu estava em Fez, na casa da família de Faruk. Quando saí de lá vi dois homens agarrando alguém. Tentei ajudar, isso deve ter a assustado, correu e bateu a cabeça. Quando me aproximei, vi que era você.

À medida que ele contava, ia se lembrando.

- O guia recebeu uma chamada de emergência, falei que podia ir. Samir disse que mandaria alguém me buscar e me levar para casa de Hassan. Anoiteceu e tudo fechou, entrei em pânico. Foi nesse momento que vi dois homens, tentei fugir, mas me alcançaram.

- Fez, não é tão segura como Marrakesh, é muito perigoso perambular depois das seis.

- Fui muito descuidada, obrigada por me ajudar.

- Está tudo bem, vou buscar água e um analgésico para você.

O ambiente parecia quieto demais, estranhou não estar com suas roupas. Ele voltou com uma pequena bandeja com um copo com água e um comprimido do lado. Esperou pacientemente até que ela bebesse tudo.

- Obrigada. Onde estão minhas roupas?

Ainda segurando a bandeja ele respondeu.

- Pedi que uma das minhas empregadas, trocassem suas roupas, elas se sujaram quando caiu. E você está com um corte do lado da cabeça, mas o médico já olhou e fez um curativo.

Estava perplexa em como ele tinha feito tanto por ela depois da forma como ela o tratou.

- Obrigada de verdade, tive muita sorte encontrar você hoje. – Ela ponderou um pouco e questionou. – Está tudo tão quieto, aonde estou?

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