Our Song [COMPLETA]

Save Me

Olá! É ótimo te ver por aqui!

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O pãozinho testava meus limites, a água ainda presente no meu corpo, após o banho, evaporou com aquele beijo. Vesti, completamente trêmulo, minhas roupas, parecia estar em abstinência, e estava, porque queria os lábios de Yibo como um viciado deseja sua próxima dose de toxina.

Meu corpo vibrava, queria Yibo, e agora que tinha sua permissão, eu iria com calma. Por Slash, eu iria com calma e muito, muito zelo, meu coração dançava alegremente. Aquele beijo era tão doce, eu não poderia receber a reciprocidade dos meus sentimentos tão cedo, Yibo estava se aproveitando de mim, talvez saciando uma curiosidade, aproveitando a emoção do desconhecido, sob o véu do anonimato. As probabilidades eram péssimas.

Juntei minhas mãos em prece e bati os indicadores na boca, tomei nota, eu reconheceria aquele beijo até de ponta cabeça, mas não poderia, não é? Poderia, mas estava preferindo algumas doses de beijos a mais, verbalizei, inclusive. Não poderia ser outro senão meu pãozinho... O amor da minha vida, a bela dama francesa, a fada dos biscoitos... "Slash, socorro! Tio!"

Passei as mãos pelos cabelos ajeitando-os. "Eu não acredito! Ele me beijou! Duas vezes! Não, foram três. E por vontade própria! Eu não acredito!" Me belisquei e grunhi pela minha estupidez. De todo modo, não posso confrontá-lo, não ainda. "Vamos com calma, Xiao Zhan. Não seja emocionado, vendo coisa onde pode não ter. Yibo é praticamente uma donzela virgem, não seja um babaca." Pois bem, tratarei o pãozinho como um croissant de queijo com pimenta, ele será apreciado com amor, não comido como um biscoito de ovelha assanhado.

— Ah! Tô surtando. — Gritei caminhando pela rua na direção da minha aula de violão com as crianças. — Não vou aguentar passar o final de semana longe do pãozinho. Já me fodi. — Falei sozinho. — Preciso vê-lo, beijá-lo... droga... tô fodido! Tiooo — gritei para o céu — prepare a jaula porque a presa está chegando. Sou uma vítima do amor não correspondido.

Minha cabeça já estava organizando maneiras de me encontrar com o pãozinho, era inevitável, eu sabia disso quando me dei conta dos meus sentimentos, mas para Yibo era diferente. Inferno! Com calma, muita calma...

— Morrerei de pau duro — choraminguei —, as coroas de flores serão jogadas no meu pau como brincadeira da argola. — Uni as mãos em prece. — Yibo, tenha piedade!

— O que tem o maninho?

— Ahhh — me assustei com Jingyi caminhando ao meu lado. Droga eu já estava na escola. — Nada. Estamos no mesmo time de basquete. — Desconversei, aquele menino era tão esperto quanto pimentinha, tinha que estar atento, se quisesse Yibo comigo por mais tempo.

— Ele foi campeão ano passado.

— Sim, ele é cruel! Implacável! Mal! — Reclamei.

— Ele é! — Concordou com veemência. — Não me deixa ganhar no videogame e jogos de tabuleiro, e também come meus palitos de pão, mas amo o maninho.