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Olá! É ótimo te ver por aqui!

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Cheguei ao colégio cedo no primeiro dia de aula, papai me deixou e saiu com um Jingyi muito animado

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Cheguei ao colégio cedo no primeiro dia de aula, papai me deixou e saiu com um Jingyi muito animado. Já me encaminhava em direção ao quadro informativo para verificar minha sala e turma, mas Chun me interceptou no caminho, dizendo que mais uma vez estaríamos juntos. Ela me deu os detalhes básicos e fomos nos inscrever nas aulas extracurriculares, desde sempre optei por economia doméstica e basquete. Chun também e sem nenhuma surpresa, fez sua inscrição em economia doméstica. Ela é minha amiga desde o infantil, sempre teve a saúde frágil e várias alergias alimentares, nossos pais são amigos antigos, então, sempre me vi na função de irmão mais velho.

Logo que comecei a ter interesse pela panificação, iniciei os estudos de como desenvolver pães e alimentos que ela pudesse comer, era sempre um desafio, mas não queria que ela vivesse uma vida privada de sabores incríveis, que com algum estudo e muitas tentativas eu conseguiria realizar. Com isso, consegui fazer alguns produtos que chamaram a atenção de pessoas com alergias semelhantes, nossa padaria se tornou a única a ter produtos inclusivos.

Esse último ano era um preparatório, então já começamos realizando testes para que os professores pudessem focar nas nossas dificuldades e melhorá-las durante o ano. Quando estávamos indo para o almoço, vi uma comoção no refeitório, mas ignorei. Alguns idiotas gostavam de chamar atenção, eu, particularmente, odiava. Apesar de ser o que muitos consideram como popular, sempre me mantive distante de aderir a esse título fútil que não me agregava em nada. E, considerando a volta as aulas, todos estavam alvoroçados pelo reencontro e também por ser o último ano, muitos queriam deixar seu nome escrito na história. Eu duvidava muito que o próximo Einstein sairia daqui esse ano, no máximo o que estaria escrito na história era alguma vergonha astronômica.

Chun caminhava comigo para o refeitório, me contava em seu tom de voz baixo e doce que todo esse burburinho deveria ser pelo aluno novo, um transferido, não acontecia com frequência. Eu, como sempre, estava levemente curvado para ouvi-la e nesse exato momento, pensei ter voltado ao fundamental, porque, alguém deliberadamente colocou o pé no meu caminho. E, como hoje estou sem sorte, fui ao encontro do chão como uma massa podre.

Não foi, até que braços rodearam minha cintura e puxaram contra seu corpo duro e perfumado. Foi, no mínimo, ultrajante quando a lembrança de mais cedo me nocauteou e meu pulso aumentou, ouvindo:

— Te peguei pãozinho!

Quase perdi o domínio das minhas feições, pela primeira vez na vida nunca odiei tanto alguém. Eu tinha certeza que esse idiota fez de propósito. Fechei meus olhos com força e me concentrei, aqui ele não me envergonharia. O cabeça de ovelha estava no meu território agora, e iria jogar pelos meus termos, então me afastei amigavelmente, como faria com os caras do time. Não me atrevi a dar-lhe mais atenção que o necessário, enquanto conduzia Chun até uma mesa mais afastada, meu coração parecia querer sair pela boca, meu sangue corria tão forte que eu podia sentir o formigamento nas veias.

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