Três histórias entrelaçadas.
A pequena família Xiao está seguindo adiante, a mudança deixará lembranças dolorosas para trás e trará novas amizades e descobertas.
Yubin, não vê à hora do seu amigo, e cúmplice, chegar à cidade e lhe mostrar tudo. Prin...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Acordei e abri um olho, minha visão se deparou com as cortinas cinza grafite, que deixavam o quarto levemente escuro, mas não totalmente um breu. Meu cérebro me avisou que já era de manhã e lembrou-me que as cortinas do meu quarto eram brancas e não deixavam nunca meu quarto escuro. Levantei a cabeça minimamente, vasculhando por vestígios do dono do quarto, eu me lembrava de tudo. Cobri a cabeça com o macio edredom verde-água, que cheirava a Xiao Zhan.
Em uma tentativa de fazer biscoitos, eu decidi que os deixaria super crocantes com o licor produzido em Gusu, o mesmo que me derrubou um tempo atrás. Dei apenas uma bicadinha para saber se uma colherzinha de café era o suficiente e fiquei tonto na hora, aquilo era álcool puro, sabendo que sou uma bomba-relógio quando bêbado liguei para Cheng nem me lembrando do seu dia especial. Também não me lembro o que ele respondeu, pois dormi sentado na cozinha, em um véu de realidade e mundo dos sonhos, pensei no cabeça de ovelha e ele parecia estar ali.
Eu queria culpar alguma ressaca por tudo que estava lembrando, mas nem dor de cabeça eu sentia. Eu já me sentia mais sóbrio quando estava no colo dele, carregado para o quarto, não me importei quando passei as mãos pelo seu pescoço e inalei profundamente a sensação daquilo que eu queria e não admitia. Ali, na escuridão parcial do quarto, eu cometi um erro. Xiao Zhan tinha a aparência de um menino, mas não era um. Não quando me recusou, eu deveria saber que ele não se aproveitaria de um bêbado, embora, no fundo, eu quisesse que ele pelo menos me beijasse. Aquele beijo na biblioteca me afetou, eu negaria até o fim, mas fiquei desejando por mais. Sou um maldito covarde!
Chorei minha frustração e fraqueza no peito dele, quando deixei me envolver pela tontura e tudo que vinha passando, tentando esconder que talvez eu estivesse querendo tentar algo, mas sentia vergonha. Temia a vergonha. Por que ele ainda era gentil comigo? Por que ele se afastou de mim? Aquele cabeça de ovelha dava atenção para todos, menos para mim.
Levantei-me frustrado, eu ainda estava com a roupa de trabalho, dormi sujo na cama dele. Senti meu rosto queimar, dormi em cima dele, até onde me lembro. Droga! Eu era minha própria vergonha. Havia dois pares de roupas na cadeira ao lado de uma cômoda, um violão preto repousava ali, com um bilhete preso nas cordas.
Pãozinho,
Fique à vontade, Cheng avisou seu irmão que estaria aqui. Tome um banho se quiser, porta ao lado do espelho. Tem roupas que podem te servir se quiser. Tive que sair, então tio Xing pode te ajudar.
Zhan.
Sorri, guardando o bilhete no bolso do uniforme e verifiquei as roupas, precisava mesmo de um banho. Escolhi a que tinha uma camiseta preta e uma calça jeans escura, nem olhei para a outra que era uma roupa mais sóbria, sabia que seria do tio. Haikuan não ficaria feliz se me visse nelas e também não gostava do cheiro delas, apesar do cheiro do amaciante tinha um perfume característico preso a elas, eu gostava do cheiro que ficou em mim durante a noite. O cheiro que me embalou para uma noite tranquila enquanto dedos suaves me acalmavam, como uma melodia suave, como um dia morno.