De Seu Joseph Com Amor | Joseph Quinn

Capítulo 1

Era o primeiro encontro deles depois de três meses de conversas por mensagens e chamadas em vídeo. Tinha tudo para dar errado? É óbvio que tinha, mas Joseph era alguém tão fácil... essa era a palavra, fácil, alguém simples e receptivo. Ele a ajudava e a deixava confortável e tranquila.
A primeira mensagem que ele deixou fez o coração de Ana disparar. Por um momento, Ana pensou ser alguém que estava tentando enganá-la. Sim, ela era fã de Quinn e de seu trabalho. Ela não escondia que vivia suspirando por ele. Mas comunicar-se com ele de uma forma privada e íntima? Conversar sobre coisas comuns, desabafar, rir de piadas bobas, dar a ele um apoio? E agora encontrar-se com ele para um jantar? Isso não era algo real para ela.

Infelizmente, ela encontrava-se submersa em dúvidas. Submersa em inseguranças por ele ser tão famoso - e ela não era ninguém comparado ao que ele era pra maioria das pessoas -, e ainda se comparava às mulheres que ele conhecia. Estava nervosa, era bem claro, mas era inevitável não ficar naquele estado. Suas mãos estavam suadas, Ana seguiu para o banheiro as lavando.

- Por Deus Ana, acalme-se! - disse encarando seu reflexo no espelho acima da pia.

Aproximou-se mais do espelho e percebeu que uma pequena acne estava dando o ar da graça, logo bem abaixo de seu olho esquerdo. "Logo agora que eu iria vê-lo", pensou. Ana tinha certeza que as mulheres do círculo social dele tinham peles de seda. Ela pegou sua bolsinha de maquiagem para tentar encobrir a acne.

- Acho que poderia ousar um pouco, talvez. - disse procurando por seu batom vermelho.

Ana optou por uma maquiagem mais básica, nada muito marcado, um rímel de leve em seus cílios, corretivo, base, um pouco de pó translucido, nas bochechas um toque de blush rosado e agora na boca, passava seu batom vermelho. Por fim, arrumou o vestido azul claro que Joseph tinha enviado e sorriu. Ele tinha pensado nela e enviara um presente. No bilhete dizia:

"Quero vê-la neste vestido sexta.
Beijos!
De seu Joseph."

As letras em um inglês britânico deliciosamente legível e marcante. Ela sorria enquanto segurava aquele pequeno bilhete, suspirava e tentava acalmar seu coração. Lembrou das conversas em que ele fazia questão de faze-la cair em uma gargalhada infinita enquanto ele contava uma situação engraçada que tinha passado. Ele costumava dizer, "Você precisava ver, eu não sabia o que fazer!", gesticulando as mãos, as vezes jogando os braços para cima e fazendo uma careta engraçada.
O seu sotaque era tão bom de se ouvir e o deixava ainda mais atraente.
As madrugadas em que ele tocou guitarra pra ajudá-la a acalmar-se, fazendo com que pegasse no sono. Ele sempre dizia que queria poder estar por perto, que a abraçaria, cantaria tocaria até ela dormir. Ela amava cada parte daquilo, tinham desenvolvido uma amizade sincera.

Ela se encontrou - em certo momento - completamente confortável com a ligação que os dois estavam desenvolvendo. Era familiar, comum, natural, única e era simplesmente fácil. Ana suspirou nervosa. As lembranças enchiam a sua mente, fazendo seu coração pulsar de uma forma estranha, a deixando cada vez mais ansiosa com aquele encontro.

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Um carro? Ele tinha mandado um carro ir buscá-la. Ele poderia ser mais surpreendente? Ana estava nervosa, não sabia muito bem como agir, o que falar ou fazer. O percurso foi preenchido por lembranças e ansiedade. Tentava controlar seu coração e dizia a si mesma que não era nada demais. Já fazia um tempo que ele não era mais o Joseph Quinn, um ator extremamente talentoso e conhecido, que estava em ascensão. Agora para ela, ele era apenas o Joseph. O homem que se tornou um grande amigo, que ofereceu a ela conforto e tocou seu coração de uma forma nova e perturbadoramente cativante.