Capítulo 6

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     Joseph se agarrava ao balcão da cozinha tentando controlar seu corpo e sua mente. Ainda sentia as mãos de Ana por toda sua pele. Levou uma de suas mãos até seus lábios, os tocando com as pontas dos dedos, o gosto do beijo dela ainda ali. Fechou os olhos e sorriu. Ele tinha prometido que não seria rápido nessa "estranha", mas confortável e aconchegante, relação deles dois, porém tinha desejado tê-la em suas mãos por muito tempo dentro desses três meses. Ele a desejava, queria sentir seu corpo totalmente nu embaixo do seu, queria unir seus corpos como se fossem apenas um, ele a queria por inteira. Não se sentia nenhum pouco culpado ou envergonhado pôr a desejar tanto. Mas não podia negar que estava preocupado com Ana, ela ainda estava trancada no banheiro.

     Joe endireitou sua postura, passou as mãos pelo seu cabelo, abotoou sua camisa e começou a arrumar a pequena bagunça que fizeram. Não conseguiu segurar o riso. Com certeza aquela era a bagunça mais perfeita que já tinha feito na vida.

     – Ah, Ana... – sussurrou para si e balançou a cabeça. – Que feitiço você me jogou garota? – Ele ainda tinha um sorriso no rosto.

     Joseph continuou arrumando algumas coisas que estavam espalhadas pelo balcão, voltou seu olhar para a massa que estavam fazendo e estalou a língua no céu da boca.

     – É uma pena ter que jogar fora. – disse pegando o recipiente e vendo que a massa tinha desandado.

     Jogou a massa anterior no lixo, lavou e enxugou o recipiente e começou a fazer uma nova massa. Ele podia muito bem pedir qualquer coisa para eles comerem, como ele mesmo tinha dito no meio da pegação deles, mas ele ainda queria cozinhar para ela e deixar tudo melhor, mais pessoal.

     Deu uma pequena pausa para colocar alguma música para tocar baixinho, como se fosse uma música ambiente. Abriu o Spotify, colocou em sua playlist e apertou o aleatório. Logo os acordes de It's My Life, do Bon Jovi, tomaram o ambiente fazendo Joseph rir. "Que romântico cara.", pensou de forma sarcástica. Apesar de não ser uma música romântica, ele resolveu deixa-la tocando, afinal ele precisava se concentrar em qualquer outra coisa para expulsar por completo, todo aquele tesão de seu corpo.

     Voltou sua atenção para a massa e enquanto mexia, já a preparando para o corte, ouviu a porta do banheiro abrir e Ana surgir pela cozinha.

     Ana passou pela cozinha, em completo silêncio e caminhou até os janelões da sala. Parou observando a bela vista de Londres a noite. Conseguia ver, ainda que longe, o Palácio de Westminster e sua linda e grande torre noroeste, famosa pelo seu sino, o Big Ben. Enquanto isso, Joseph a observava atento, ele sabia que ela estava confusa e envergonhada, então daria o tempo que precisasse, mas ele precisava ao menos perguntar se estava tudo bem.

     Ele deixou a massa descansando e foi ao seu encontro, se posicionando ao seu lado.

     – Você está bem? – perguntou preocupado e colocou as mãos no bolso.

     – Sim... – respondeu sem olhar para Joseph. Ele coçou a nuca e passou o peso do corpo para a outra perna.

     – Você não gostou do que fizemos? – perguntou. Fechou os olhos e começou a sentir que a culpa estava chegando. – Eu não devia ter sido rápido demais. Eu deveria...

     – Não é isso, Joe. – Ela disse rápido o interrompendo. Ana se virou e o encarou. Ela o olhava de forma calma, seus olhos tão brilhantes que Joseph poderia jurar que estava no céu, perto de todas as estrelas. – Eu também queria... queria muito! Você não fez nada de errado. – disse e levou uma de suas mãos para o rosto de Joe, acariciando sua bochecha. – Eu só fiquei... – desviou seu olhar para o chão tentando não parecer boba. – Fiquei meio envergonhada, com medo...

De Seu Joseph Com Amor | Joseph QuinnOnde histórias criam vida. Descubra agora