11. i love you

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Estava terminando de me arrumar para ir jantar junto de Eddie no Nando's, optei por um macacão jeans claro, uma camisa preta com a estampa do Nirvana e meu típico par de vans pretos.

Ajeitei meu cabelo e finalizei a maquiagem passando um gloss em meus lábios, desci as escadas com meu celular em mãos e me despedi de Will que ficaria sozinho até a chegada da mamãe e Hopper.

— Escuta carinha, qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo, você liga para mim, fechado? — bagunço o cabelo do garoto que sorri.

— Relaxa s/n, vou colocar fogo na casa de qualquer forma — brinca e se ajoelha no sofá me assistindo sair de casa.

O carro de Eddie estava parado em frente a nossa casa e o garoto me esperava de braços cruzados, encostado no mesmo. Ele usava uma camiseta preta simples, e um jeans claro ligeiramente apertado em suas coxas, acompanhado de sua jaqueta de couro e seu cabelo perfeitamente arrumado. Selamos nossos lábios em cumprimento e entramos no carro.

O rapaz dirigia enquanto cantávamos Paranoid by Black Sabbath, Eddie batucava os dedos no volante e cantava animado comigo, que imitava uma guitarra com os botões de minha roupa.

Chegamos no restaurante após um tempo e nos sentamos em uma mesa próxima a janela, Eddie pediu uma porção de frangos fritos, os meus preferidos, acompanhados do molho especial da casa, comíamos e conversávamos.

— Você vai ter que dançar comigo, é isso que os pares fazem Munson — digo rindo enquanto mordisco um pedaço do frango.

— Sem chance! Não vou dançar com você mesmo, eu detesto valsas — o rapaz diz me arrancando uma risada

— Acho que vou ter que trocar de par — brinco e o garoto arqueia a sobrancelha, ouvimos o barulho do sino da porta da lanchonete tocar, mas ignoramos.

Ora ora, não sabia que a Byers fazia caridade também — ouço a voz de Jason ecoar pelo salão e paro imediatamente o que estava fazendo.

Não acredito que aquele idiota estava estragando a minha noite perfeita com Munson, será que Jason não ia conseguir nunca me deixar em paz?  O rapaz parecia me perseguir infinitamente desde nosso término.

— Sai daqui Jason! — me levanto — Qual é, não tem nada de mais divertido para fazer essa noite?

Me diz você gracinha — segura em minha cintura e Eddie se levanta nervoso.

— Qual é a sua cara?! — Munson entra na minha frente e empurra o loiro.

Você só pode estar maluco de achar que vou brigar com você, aberração! — diz e sem pensar muito, Edward vira um soco bem no meio do rosto do rapaz.

— Eddie! — grito e seguro o garoto que a esta altura já estava encima de Jason socando o mesmo — Por favor! — sinto as lágrimas escorrerem em meu rosto e o rapaz parar imediatamente.

Ele se levanta e me puxa para seu peito, levando uma em minha cabeça na expectativa de me acalmar, eu estava realmente muito assustada. Assim como Jason, os rapazes do time de basquete vão embora, nos deixando sozinhos no local.

Eddie me ajuda a se sentar novamente e após o choro cessar me observa com um olhar preocupado.

— Me desculpe eu não — inicia — Eu não queria ter sido um babaca e estragado nosso encontro.

— Você só fez o que qualquer um faria no seu lugar — digo bebendo um pouco de meu suco — Aquele idiota estava precisando — o rapaz sorri com a minha fala.

— Por que ele tem tanto ciúmes de você? — questiona — Vocês já tiveram algo?

— Primeiro ano do colégio, éramos a realeza de Hawkins, e Jason me tratava como um cristal, até que ele descobriu a minha amizade com Steve e Robin, e então começou a me controlar e controlar todos os meus passos — digo enquanto Munson me observava atentamente — E então quando teve o ocorrido com Steve, bem você sabe, o boato nojento — ele concorda — Ele ameaçou nos matar, e foi aí que resolvemos que precisávamos terminar!

— Que cara maluco! — Eddie diz segurando minha mão delicadamente — Escuta — diz me fazendo olhá-lo — Eu vou estar aqui sempre para te defender desse nojento!

Sorrio e ele dá um beijinho em minha mão.
Eddie era aquele típico garoto que iria até o fim do mundo por sua garota, se fosse preciso, e era exatamente seu jeito adorável por debaixo de toda a casca grossa de fora, que me encantava.

~*~

Após o delicioso jantar e muitas risadas, Eddie me leva para casa, as ruas a noite eram vazias e cantarolávamos músicas sem sentido algum, apenas curtindo a presença um do outro, estar com Edward me fazia tão bem, que poderia ter somente sua companhia pelo resto de minha vida.

Assim que chegamos em frente a minha casa, Eddie se estica para me dar um beijo, e então interrompe o mesmo, olhando para o céu através do vidro da frente do carro.

— O que foi? — questiono confusa.

— Aquela — aponta para uma estrela brilhante no céu — Está linda como você! — sorri me encarando, enquanto observo a estrela de forma tímida — Eu... Eu te amo!

Sinto meu corpo paralisar, às borboletas em meu estômago pareciam todas presas em minha garganta, minhas mãos ficaram geladas, não esperava ouvir aquilo do rapaz, não agora.

E como se estivesse travada, não conseguia retribuir a afirmação, não saía, era como se por um segundo tivesse perdido toda e qualquer habilidade de fala.

— Desculpa eu não — solta minha mão sem jeito — Nos vemos amanhã?

— Sim — sorrio sem jeito e deposito um beijo no rosto do rapaz que não esboça reação alguma, ele claramente estava chateado.

Saio do carro e aceno para o garoto que desvia o olhar dando partida no carro, sinto meus olhos marejarem e assim que entro em casa subo para meu quarto, ignorando todos ali presentes.

Pego um post-it como de costume, e em meio às lágrimas escrevo o último e mais doloroso motivo da minha lista, aquele ao qual nunca queria ter escrito, aquele que define o porque nunca deveria ter aceitado aquela aposta tão estúpida.

Motivo 07 - Odeio principalmente não conseguir te odiar, nem um pouco, nem mesmo um segundo sequer, nem mesmo só por te odiar.

THE 7 THINGS I HATE ABOUT YOU - EDDIE MUNSON Onde histórias criam vida. Descubra agora