- Por que você disse isso pra ela? - Pietro diz assim que desligo o telefone.
- Porque é a verdade. - Digo como se fosse óbvio e sento nos pés da cama.
Ele me olha confuso, assim como marina também faz.
- Precisa parar de mentir para si mesmo, luff. - Me chama pelo apelido antigo me fazendo sorrir discretamente.
Encosto minha cabeça no colchão da cama e deixo-a cair para o lado, começando a pensar no ocorrido de mais cedo.
- Eai, cade a Ana? - Meu melhor amigo pergunta assim que me vê.
- Sabe, eu sou seu amigo a mais tempo. Sim estou bem, obrigada por perguntar. - Sorrio amarelo começando a andar com ele pela grande cidade.
- Para com isso cara, você eu sei que não se mete em confusão. - Rio com isso pois é verdade. - E então, cade ela?
- Como vou saber? Não sou amigo dela. - Dou os ombros fazendo-o me encarar feio. Bufo revirando os olhos. - Misericórdia, não me olhe assim. Eu não sei onde ela está, pensei que estivesse com vocês. - Incluo Martina nisto pois apesar de não falar nada ela também está caminhando ao nosso lado.
- Não, ela deixou o recado sobre a marmita e depois não recebeu mais mensagens.
Olho para ele sério tentando não transparecer minha preocupação para com a garota de cabelos curtos. Apenas dou os ombros.
Horas mais tarde todos os três nos encontrávamos dentro do nosso quarto de hotel, procurando Ana.
- Martina, me dê o número de telefone dela. - Digo rude enquanto bato os pés no chão.
- Ela pediu para não te passar - A olho furioso sentindo-a estremecer. - Estou só dizendo, foi isso que ela me disse quando me passou.
Suspiro cansado indo até a geladeira, que está vazia, abro-a e fico encarando como se estivesse procurando algo mas apenas estou vendo o nada ali.
Analice não aparece desde manhã, não me importo muito com isso mas ela não conhece muitas pessoas na cidade, também é muito gentil com todos e isso pode fazer ela correr algum risco.
Bom tanto faz, não me importo com isso.
- Cara, se acalma. - Pietro diz sentado na cama dela.
- Eu estou calmo, não sei do que está falando. - Sorrio tentando não transparecer meu nervosismo. Falo miseravelmente. - Saia dai. - Aponto para ele que apenas ignora e então eu bato a porta da geladeira forte.
Vou até minha cama e me jogo lá, apenas dois segundos foi o suficiente para que eu me sentisse sufocado. Levantei novamente e comecei mexer nas pulseiras que estavam no meu pulso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre fronteiras
RomancePara os fãs de enemies to lovers, Entre Fronteiras é um romance em que uma estudante de gastronomia está indo para sua viagem dos sonhos na cidade da luz, Paris. No meio desta viagem encontra um garoto com dificuldades sociais e nem um pouco simpáti...