- capítulo sete.

436 53 10
                                    

Infelizmente estou no meu quarto de hotel

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Infelizmente estou no meu quarto de hotel.

Fazem exatamente oito dias que não troco uma palavra se quer com ele e isto está me matando por dentro.

Quando você passa a conviver rotineiramente com uma pessoa, você se acostuma com ela mesmo que seus hábitos não se compactuem e foi isso que aconteceu comigo e Lucca.

Por exemplo, sei que sua rotina matinal é sempre a mesma. Ele acorda, estrala os dedos das mãos e dos pés, levanta lentamente ainda por conta do sono e vai até a geladeira verificar se tem algo, mesmo sabendo que nunca vai ter. Depois vai rapidamente para o banheiro, eu escuto ele fazer suas necessidades e logo a seguir ligar a torneira para fazer a barba e então assim que termina, ele escova os dentes.

Quando já se arrumou no banheiro ele volta para o ambiente das camas e começa a se arrumar sempre começando pela camiseta.

O que quero dizer com isso, é que, apesar de estar severamente chateada eu sei que ele não pedirá desculpas a mim e eu tenho orgulho suficiente para não fazer isto.

Amarro meu tênis para assim levantar da minha cama num sobressalto que por coincidência foi ao mesmo tempo que Lucca.

Nos olhamos rapidamente e eu apenas sigo para outro caminho e começo a arrumar minha mochila escolar.

- Vai me ignorar até quando? - Escuto sua voz grossa chegar aos meus ouvidos e apenas ignoro isso.

Escuto sua risada estridente.

- Eu é quem ignoro as pessoas aqui, trocamos de papel e eu não estou sabendo, coisinha? - Ignoro novamente.

Solto um suspiro colocando a mochila nas minhas costas para assim me virar e ir em direção a porta.

Lucca que por sua vez estava colocando as pulseiras em seu pulso, na direção contrária a minha, quando me indo em direção a porta prontamente se coloca em minha frente.

- Não vai me responder? - Diz olhando para baixo para encarar meu olhos.

Seus olhos estão com uma coloração diferente, hoje eles estão com a cor de mel.

De perto posso ver algumas manchinhas, provavelmente sardas perdidas, por todo seu rosto.

Facilitaria minha vida se ele fosse um pouco menos bonito.

Tento me desvencilhar dele abaixando a cabeça e indo para o lado direito, ele me segue. Em segundos parece que estamos em algum tipo de dança, indo para um lado e para o outro.

Entre fronteirasOnde histórias criam vida. Descubra agora