- capítulo dezenove.

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- Martina - Chamo enquanto corro atrás dela, pela vigésima vez

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- Martina - Chamo enquanto corro atrás dela, pela vigésima vez.

Meus pés estão tão cansados de correr atrás dela, eu me sinto tão bem e tão mal ao mesmo tempo. Martina é uma boa amiga e não queria perder isso.

Eu soube que havia feito besteira no momento que encostei meus lábios nos dele, não que eu me arrependa mas também não é como se eu não soubesse dos sentimentos da minha amiga por ele.

Tudo ficou mais esclarecido quando eu ouvi sobre sua condição, sobre quem ele era. Me culpo por todas as vezes que agi como uma completa imbecil com ele, me culpo muito.

Nunca havia beijado alguém com tanta vontade, ouvi-lo dizer tudo que me disse me fez sentir que sou especial e não só um pedaço de carne.

Agora faz alguns minutos desde que saímos do quarto, eu o deixei lá no meio do caos sozinho, o deixei sem suporte e não era assim que eu imagina nosso beijo. Ah, não era mesmo.

- Cacete! - Me exalto. - Se quer ser adulta então se porte como uma e conversa comigo!

Paro de andar assim que termino de falar. Cruzo meus braços em baixo dos seios, vejo que os passos da garota também param e ela se vira para mim.

- Você realmente acha que sou obrigada a falar algo com você depois do que vi? - Ela solta uma risada irônica e nega com a cabeça olhando para os lados. - Se liga, Analice. Você está errada e ainda quer meter marra pra cima de mim?

- Meter marra? Você tem quantos anos? - A olho surpresa. - Qual foi, você nunca gostou dele!

- Como é que é? - Ela ergue as sobrancelhas irritada. - Garota, eu estou com ele desde que você nem existia ainda, foca bem quieta para falar o que não sabe!

- Até parece! - falo baixo e rio negando com a cabeça olhando para o chão. - Não vou discutir isso com você, não vai dar em nada.

- Realmente! - Ela concorda.

- Poxa, temos uma boa amizade, porquê estragar isso agora?

Não é mentira, eu realmente gosto de como vivemos. Nós quatro. É bom saber que tenho com quem contar sempre por mais que estejamos a pouco tempo juntos.

Ela não responde, não mantém contato visual e muito menos desfaz a cara de insatisfação, o que me deixa um pouco ansiosa.

Martina hoje está vestindo um shorts jeans, uma mini blusa e alguns adereços no cabelo. Mais linda que nunca, não sei como Lucca nunca nenhum interesse por ela.

- Tudo bem, tudo bem! O que posso fazer para você me "perdoar". - Faço aspas com as mãos - Não quero perder minha amizade com você, Marti.

- Fácil, gata! - Ela sorri, meio maléfica. - Saia de la e finja que ele nunca existiu para você!

Essa filha da puta!

Todas as vezes que Martina mr contava algo que ela sentia por Lucca, ou quando queria tentar algo com ele, eu sempre senti que fosse mais por ego do que realmente sentimento e isso sempre me irritou muito.

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