- capítulo vinte e um.

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Mudança na capa da história, o que acharam?

Sem exagero, estou ouvindo Martina gritar comigo a uma hora e meia porque aparentemente ela descobriu que eu conversei com Lucca na festa essa semana

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Sem exagero, estou ouvindo Martina gritar comigo a uma hora e meia porque aparentemente ela descobriu que eu conversei com Lucca na festa essa semana.

Depois do que aconteceu dentro do pequeno cômodo, eu e ele saimos juntos de lá bem na hora que a garota de cabelos cacheados estava chegando e então ela nos viu.

Quando me dei conta, eram por volta de dez horas da manhã e ela estava batendo na minha porta igual uma maluca, dizendo que iria arrombar se eu não abrisse logo.

Para minha sorte e sorte de meus ouvidos, eu parei de ouvi-la faz um tempo.

- Você não escutou o que eu disse? - Ela soca a mesa. - Eu posso acabar com sua vida, garota!

Rolo meus olhos com uma força absurda ouvindo-a falar tal coisa.

Fico pensando o porque de não ter feito ainda? Será que não tem coragem ou o que? Obviamente eu e Lucca não conseguimos nos afastar, somos quase como ferro e imã, nossos corpos nos chamam. Pedir para que isso não aconteça mais é burrice, não vai acontecer.

- Não revire os olhos! - Ela se aproxima. - Espero que tenha ouvido muito bem, acabe com isso ou eu acabo com você.

Eu não respondo nada, apenas me encosto na cadeira enquanto cruzo os braços, minha expressão é de completo deboche. Ela só tem a perder agindo dessa forma.

- Ele nunca vai gostar de você. - Sorrio de canto para ela e cruzo uma das minhas pernas.

- Cala sua boca! - Ela diz ficando vermelha.

Noite passada fiquei pensando em quantas garotas ela já deve ter feito a mesma coisa, ameaçado para que ele não tivesse ninguém. Ela pode ter conseguido com as outras mas comigo não vai ser assim, ela não vai me afastar dele.

Martina está vermelha, talvez porque finalmente achou alguém que simplesmente não tem tanto medo dela assim. Posso até ter ficado com medo no começo mas não agora, não depois de tudo, ele me dá forças pra isso.

- O que? Você acha que ele vai gostar de você depois de saber o que você faz? - Cerro os olhos para ela. - Acorda!

- Ele nunca vai saber disso. - Aponta o dedo para nós duas e se aproxima de mim. - Você não é louca de contar!

- Ou se não, o que? - Me levanto ficando cara a cara com ela. - Vai "destruir a minha vida"? - Rio ironicamente.

- Exatamente. - Sorri como se fosse vitoriosa.

Me seguro para não dar um soco no meio da cara dela.

- Me conta, eu to curiosa para saber. - Inclino um pouco meu rosto para o lado fazendo cara de dúvida, nitidamente debochando da garota a minha frente.

Ela se vira fazendo menção de ir embora mas apenas senta em uma das cadeiras a nossa frente.

- Já te disse, meu amor. - Tira uma lixa de sua bolsa e comeca a lixar as unhas. - Primeiro eu ligarei para sua mãe, avisando que a própria filha está rodeada de alguns homens. - Arrepio ao ouvir simplesmente a palavra "mãe" - Depois, talvez eu possa dizer que a tão querida filha dela resolveu dar para um autista, será que ela vai gostar, anazinha? - Faz cara de dó.

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