- capítulo dois.

572 54 31
                                    

Ela me irrita, tenho certeza que vai me irritar muito ainda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ela me irrita, tenho certeza que vai me irritar muito ainda.

- O seu nome não era Pietro?

Foi a primeira coisa que ela me disse assim que adentrou o quarto e me viu, infelizmente ela descobriu o meu nome e parece que o destino quis piorar ainda mais minha vida. Eu estava arrumando minhas coisas e por Deus, eu já havia terminado de arrumar TODA a minha parte do quarto, guardei todas as minhas roupas e ela ainda está falando.

- Não acredito, não mesmo. Você não vai fazer essa mudança ser um inferno. - escuto ela falar mas não respondo, como sempre desde que nós conhecemos. - Isso é dívida de jogo, joguei pedra na cruz, eu devo ter sido bolsonarista na outra vida pra merecer algo assim!

Sorte que essa mulher é bonita, pois sendo tagarela dessa maneira nada iria a salvar desse mundo cruel com mulheres.

A observo arrumando as roupas com certa raiva em seus movimentos, acho engraçado o jeito que a garota em mina frente está atordoada, parece que tenho certa influência em sua vida apesar de quase não falar com ela.

Eu não ligo para ela, não mesmo, nem a conheço e não sou obrigado a ter empatia por alguém que desde o começo apenas me trouxe dor de cabeça.

Irrita-la não é algo exclusivo que faço apenas com ela, eu irrito todos e estou me fudendo se gostam ou não de mim.

- Afinal, seu nome é ou não Pietro? - ela diz em um tom como se soubesse que eu não iria responder, assim eu fiz. - Você é insuportável, eu nem te conheço e já te odeio, eu não odeio muitas pessoas mas você é uma delas. - levanto as sobrancelhas como se aquilo me afetasse, mas não afeta, eu não ligo.

- Parece que tenho muita influência na sua vida, mesmo você não me conhecendo, coisinha. - solto uma risada baixa e sem humor relaxando na cama.

- Coisinha é a senhora sua mãe, seu mal educado.

- Por Deus, garota, são quase quatro da manhã e você simplesmente não para de falar! - exclamo já irritado com a situação.

- Vai tomar no meio do seu cu, Lucca. - diz ela logo ficando vermelha aí perceber que soltou uma palavrão.

Analice, esse era o seu nome. Desde que a conheci fiquei intrigado em saber como ela seria, por isso optei em não ser tão rude por ela estar sentada em minha cadeira mas mesmo assim ela ainda me achou mal educado, nem imagina que posso ser pior. Apesar de querer conhece-la naquele mesmo instante eu me arrependi infinitamente e passei quase dezesseis horas grudado com uma pessoa extremamente chata, irritante e sensível. Ela chorou assistindo o cão e a raposa, meu Deus!

Ela parou de falar assim que eu reclamei. Continou a arrumar seu lado do quarto, que espero que fique desse jeito pois não quero nada cheio de flores e bichinhos coloridos em meu quarto. Em questão de segundos ela se deitou para dormir, mexendo um pouco no celular.

Entre fronteirasOnde histórias criam vida. Descubra agora