NO MORRO

discussão

* Maya on 👑 *

Acordei e fiz nada o dia todo, fiquei jogada no sofá assistindo um monte de série chatas.

Agr eu estou jantando com o meu pai a Flora e o Danilo.

- como foi seu dia? - perguntou meu pai.

- uma merda, não tenho nada para fazer aqui, em Oslo eu trabalhava.

- não exagera Maya.

- não estou exagerando pai, quero arrumar algo para fazer, quem sabe um trabalho.

- não, de jeito nenhum.

- pq não?

- pq não Maya, enquanto eu estiver vivo eu não quero ver vc trabalhando, vc não precisei.

- nunca trabalhei por necessidade pai.

- eu sei mais não, não até eu morrer.

- se eu não morrer de tédio antes né?

- vem trabalhar com a gente na boca. - disse DL.

- não isso nunca, jamais.

- para que tanto preconceito? - perguntou DL.

- eu só não gosto, não gosto dessa vida que vcs levam.

- vc sabia que é por causa da vida nos levamos que vc está comendo, vestindo essa roupa, morando nessa casa e podendo comprar oq vc quiser? - disse DL.

- vc sabia que eu abriria mão de tudo isso para ter uma vida normal.

- uma vida normal com dificuldades? Passando fome? Sem teto? Sem casa? Sem família?

- eu acho que seria bem melhor.

- vc não sabe de nada Maya.

- chega de discussão gente, por favor. - disse Flora. - toda vez, vcs não cansam? Parece crianças.

- ela fica com as frescuras dela.

- vc me julga por tudo Danilo, tudo, se eu respiro errado vc aponta o dedo na minha cara e diz que eu estou errada.

- nesse quesito vc está, vc deveria agradecer por tudo oq vc tem, pela estabilidade financeira que vc sempre teve, não ficar reclamando, o importante é vc ter e fds da onde vem.

- odeio seus textinhos prontos.

- será que vcs não entenderam que é para parar? - disse meu pai. - chega caralho, todo dia vcs discutem por algo, é capaz de quando eu morrer vcs se matarem.

- para de falar isso. - abaixei a cabeça.

- é a verdade, não quero vc trabalhando filha, se quiser eu converso com a Paula para vc ajudar com as coisas na ong que sua mãe fez, ela que é responsável.

- tá obrigado. - me levantei.

- vai para onde? - perguntou a Flora.

- perdi a fome, boa noite. - sai da sala de jantar e subi ate a laje, me sentei no chão e fiquei fitando o céu.

Continua...