bebê

791 38 2
                                    

* Maya on 👑 *

Uma noite nunca passou tão devagar em toda a minha vida.

- cadê sua mãe?

- já foi trabalhar o meu irmão está na escola a gente tá sozinha, pode ir fazer se estiver preparada.

- eu não estou.

- eu tô aqui, se quiser nem precisa fechar a porta.

- posso deixar aberta?

- claro.

Peguei o teste na mão e não sei por quanto tempo fiquei fitando ele.

Eu demorar fazer o teste não vai mudar o resultado no final.

Tomei coragem e fiz.

Terminei de fazer lavei minhas mãos coloquei ele em cima da pia e segurei firme a mão da Tayla.

- amiga já passou o tempo. - fechei os olhos respirei fundo e me virei já vendo o positivo na tela.

- não acredito. - nem consegui pegar o teste na mão, só senti minhas pernas bambearem e a Tayla me segurar.

Acabou!

Minha vida foi toda pro ralo por 30 minutos de prazer, por míseros 30 minutos.

Eu acabei com 4 anos de estudos por 30 minutos de prazer.

Como eu sou imprestável.

- amiga, Maya acorda. - me trouxe de volta a realidade. - amiga? - senti meu rosto todo molhado e ela me abraçou.

[...]

- Maya para, que condições financeiras e mentais vc tem para criar essa criança.

- e depois?

- e depois o que?

- como eu volto para minha vida perfeita com uma criança?

- não é só uma criança Maya é seu filho, seu bebê, seu menino ou sua menina.

- meu! Meu filho. - disse emocionada após muito, muito tempo pensando.

- é amiga, seu. Vc está gerando uma vida e lembra, Deus não te dá um fardo que vc não possa carregar. - sorri e ela me abraçou.

Agora sim eu vejo essa notícia como algo bom, após quase seis horas de conversar a Tayla conseguiu me convencer que não é como se eu tivesse uma doença terminal, agora eu tenho uma vida que depende de mim e que eu já consigo sentir algo forte, muito forte.

- seu pai vai surtar de felicidade.

- é ele vai, semanas depois de eu dizer que não daria um neto para ele, olha eu aqui. - ela sorriu. - quero que seja algo especial, vou fazer uma ultrassom, fazer algo bonito.

- e o pai? Como vc vai contar.

- eu quero pensar em tudo menos no Danilo agora Tayla.

- tá bom.

[...]

- vc sabe que esse filho não é meu né Tayla?

- eu sei. - ele ficou me encarando e me abraçou. - o dindo já ama. - sorri durante o abraço.

- eu te amo tanto.

- eu tbm te amo garota. - me deu um selinho e eu o abracei novamente.

- essa é a ocasião perfeita, para meu pai conhecer vc.

- vc não vai mentir né?

- não.

- e quem é o pai? - abaixei a cabeça. - quem é o pai Maya?

- o DL.

- o mesmo babaca que te culpou por vc ser assédiada?

- sim.

- tá louca Maya?

- a gente conversou e nós resolvemos.

- que bom então.

- ele sabe?

- ele tem outra.

- não foi isso que eu perguntei.

- ele sabe?

- não?

- pretende contar para os dois juntos?

- não, só quem vai saber é o meu pai.

- e vc vai esconder isso dele?

- eu não estou com cabeça para pensar nisso agora Davi, amanhã eu conto para o meu pai e vc vai jantar lá em casa pode ser?

- pode, mais Maya entende, que para o seu pai sempre fomos amigos, não deixa parecer que eu sou pai do bebê.

- tá.

- mas olha, se vc quiser eu assumo, falo que o filho é meu e pronto, já transamos mesmo.

- obg, mas não precisa, eu vou assumir isso sozinha.

- ele vai querer saber quem é o pai.

- ele vai saber quem é, agora o pai só descobre se ele quiser, não vou contar ou negar nada, ele está vivendo a vida e eu não vou atrapalhar.

- sobe aí vou te levar para casa. - sorri fraco e subi na moto.

Continua...

NO MORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora