assédio

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* Maya on 👑 *

Chegamos no restaurante da minha tia e eu desci da moto descendo a minha saia, nem está tão cheio não, entrei e minha tia sorriu.

- oii. - abracei ela.

- oii meu amor.

- tia esse é o Davi, lembra dele?

- claro, oi. - cumprimentou ele com um aperto de mão.

- e aí tia. - disse o Davi sorrindo.

- estamos com fome com tia. - disse e passei a mão na barriga.

- vieram ao lugar certo então, venham. - nós guiou até uma mesa aí lado de fora. - vão querer oq? - nós entregou os cardápios e fizemos os nossos pedidos. - já trago. - saiu sorrindo.

- ela é muito gente boa. - disse Davi sorrindo.

- ela é, eu não me lembro muito da minha mãe, mas o sorriso dela eu vejo na minha tia. - Davi segurou a minha mão e eu olhei para ele, meus olhos já estão marejando.

- vc é a cara da sua mãe.

- eu sei. - disse baixo, limpei a lágrima que escorreu e ele me abraçou. - devo ter borrado a minha maquiagem. - disse após sair do abraço.

- continua linda. - sorri.

- deixa eu ir arrumar. - me levantei e fui até o banheiro, limpei o barrado e sai do banheiro, estava indo em direção ao Davi.

- que gata em, o lá em casa, que corpo meu Deus. - olhei para trás vendo um homem me olhando com malícia, paralisei na hora, não sou acostumada com isso, em Oslo não tem esse tipo de gente. - eu fico até...

- cala a boca pau no cu. - disse Davi e deu um soco na cara do homem que caiu no chão.

- tá louco porra? - disse o homem se levantando.

- louco tá vc porra, quem vc acha que é para falar dela assim?

- eu só estava elogiando.

- elogiando é o caralho filho da puta. - Davi foi para cima deles e ali começou uma briga, quando eu vi eles já estavam no meio da rua se batendo e um monte de gente em volta olhando.

Voltei a mim quando eu ouvi barulho de tiros, vi uns vapores separando eles e o DL com o fuzil para cima.

- que porra tá acontecendo aqui? - gritou DL e eu me aproximei ficando ao lado do Davi. - vão falar não porra?

- ele me assediou. - apontei para o homem. - e o Davi me defendeu.

- com essa roupa tmb né Maya? - disse DL.

- que? Qual foi DL? Vc realmente é o tipo de pessoa que acha que mulher tem culpa de ser assediada ou até estrupada?

- não, mas isso já é algo normal.

- para vc achar normal vc tem que fazer, não é possível, pq isso não é normal, a última coisa que temos que fazer no mundo é normalizar assédio, ela usa oq ela quiser mano, na hora que ela quiser, elas usam todas elas e não importa oq elas usem, são ou deixam de ser, se o homem for fazer o mal ele vai fazer e não importa oq elas usem ou não. - disse Davi.

Geral começou a bater palma inclusive eu.

- pelo menos um homem de verdade. - olhei de cima a baixo para o DL. - vamos Davi deixa eu cuidar disso aí. - peguei na mão dele e fomos passando pela multidão. - tia vc tem um kit de primeiro socorros aí?

- tenho, vou pegar. - me sentei em uma cadeira ao lado do Davi segurando as mãos dele.

- vc não precisava fazer isso. - disse passando os dedos em cima da mão dele que está machucada.

- precisava sim, aquele pau no cu tem que aprender a respeitar uma mulher.

- obg tá. - levei minha mão ao rosto dele.

- precisa agradecer não, tá louca? Vc nem deve ter passado mais por isso dps que saiu do Brasil.

- realmente, mas obg. - ele assentiu e eu tirei a mão do rosto dele e fiquei segurando a sua mão até minha tia aparecer com o kit.

Continua...

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