* Maya on 👑 *
Terminamos o jantar e eu fui ajudar a Flora limpar a cozinha e lavar a louça.
Quando terminamos ela foi para casa e fui para sala vendo meu pai e DL sentados no sofá conversando.
- pai a gente precisa conversar.
- tô cansado filha, vou dormir. - se levantou.
- mas pai...
- deixa ele. - DL me cortou e eu o ignorei.
- pai eu quero ver os relatórios médicos, eu quero saber oq vc tem, vc disse que quando eu chegasse me contaria tudo e me explicaria melhor.
- para que?
- para mim saber.
- saber oq? Que eu estou doente? Que eu vou morrer? Acha que eu inventei essa história só para vc voltar?
- quer saber? Acho.
- eu não vou deixar que vc fale assim com ele. - disse DL.
- não se mete isso não tem nada a ver com vc.
- ah tem sim, mais do que imagina.
- eu nem parei para imaginar.
- então deveria, eu não sei que tipo de filha deixa o pai sozinho em um país.
- cala a boca vc aí sabe de nada. - eu já estava frente a frente com DL.
- já chega. - disse meu pai.
- eu quero saber oq vc tem e eu quero saber agr.
- Gabriel vc não precisa. - disse DL.
- preciso sim, eu devo isso a ela.
- que bom que vc sabe. - disse.
- e quantas coisas ele te deve? - perguntou DL.
- ele é meu pai.
- exatamente, na primeira oportunidade de abandonar ele vc foi embora, sem se importar com os sentimentos dele, sem se importar como ele ficaria, sem vc a única filha.
- VC NÃO SABE DE NADA. - gritei com a voz embargada. - nada. - senti meus olhos marejarem. - antes de julgar alguém, busque saber como ela é, oq já fez, oq ela passou, vc não me conhece não deve me julgar. - abri a porta e sai de casa.
- Maya? - ouvi a voz do meu pai antes de sair pelo portão. - a onde vc vai?
- não tive que te dar satisfação da minha vida por mais de 3 anos, pq daria agr? - sai correndo pelo portão, sei que me seguiriam, comecei a subir vielas e becos, conheço mais essa favela do que a mim mesma, finalmente cheguei no meu destino a casa da Tânia.
Ela que me "criou" quando meu pai ia trabalhar ele me deixava aqui e eu passava mais tempo aqui do que lá em casa.
Bati na porta e ela logo foi aberta.
- Maya? - perguntou Tânia e eu só a abraçei. - querida, aconteceu algo? - não consegui responder e nem conter as lágrimas chorei nos braços dela. - Maya vc está me deixando preucupada. - me puxou para dentro da casa. - oq foi?
- nada, estava com tanta saudade. - consegui responder.
- eu tbm meu amor, mas esse choro não parece ser de felicidade.
- só deu sdds da minha mãe.
- oh querida. - me abraçou.
Ficamos conversando contei como foi em Oslo e acabei dormindo por aqui mesmo.
Continua...
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NO MORRO
RomanceMaya tem 17 anos e cresceu no complexo do Alemão, sua mãe morreu quando ela tinha 4 anos em um sequestro, depois disso seu pai continuo a comandar sozinho o morro e vingou a morte da sua esposa, ela cresceu sem mãe, seu pai tentava ser presente mas...