Maya tem 17 anos e cresceu no complexo do Alemão, sua mãe morreu quando ela tinha 4 anos em um sequestro, depois disso seu pai continuo a comandar sozinho o morro e vingou a morte da sua esposa, ela cresceu sem mãe, seu pai tentava ser presente mas...
Terminei meu banho, lavei, pentiei e sequei meu cabelo.
Vesti uma roupa quente e confortável.
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Peguei meu celular e desci, vendo DL e o meu pai no sofá.
- Maya? Filha? - olhei para ele. - tá tudo bem?
- tudo.
- onde vc estava?
- na praia.
- sozinha?
- com Davi.
- ele que te deixou aqui? - assenti.
- vou comer, estou com fome. - entrei na sala de jantar e logo depois na cozinha.
- Maya eu fiz uma sopinha para vc não gripar.
- obg Flor. - me sentei na mesa e fiquei rodando o feed do insta até ela me servi.
Ficamos conversando enquanto eu como.
- gostou?
- tá muito boa. - meu celular começou a tocar, vi que é a mãe do Davi então eu atendi.
* Ligação on *
- oi tia, tudo bem?
- não Maya, não está nada bem. - sua voz de choro me assustou.
- o que foi? Aconteceu alguma coisa com o Davi?
- sim, ele caiu de moto.
- que? - deixei a colher que estava na minha mão, cair no prato.
- o pneu da moto dele deslizou aqui na rua de casa, ele ficou e a moto deslizou pela pista ela está toda arranhada.
- como está o Davi?
- eu não tenho notícias dele, chegamos aqui tem meia hora, como vcs estavam juntos antes disso, achei bom te avisar.
- obg tia, eu estou indo para aí, me manda o endereço por mensagem por favor. - disse com a voz embargada.
- eu mando querida.
* Ligação off *
Desabei no choro.
- o que aconteceu Maya?
- o Davi sofreu um acidente.
- eu sinto muito querida. - me abraçou e eu só sabia chorar nos braços dela.
- o que aconteceu? - ouvi a voz do meu pai.
- o Davi sofreu um acidente e ela está preucupada. - disse Flora.
- eu sinto muito filha.
- eu preciso ir para lá. - me levantei rápido e por isso minha pressão caiu, Flora e meu pai me seguraram.
- vc não pode ir assim Maya. - disse meu pai.
- minha pressão só caiu e eu vou para o hospital.
- não tem como eu te levar lá, não posso sair do morro.
- eu pesso um Uber.
- Uber aqui a essa hora? - olhei para frente vendo Danilo.
- o DL me leva.
- eu? - disse DL.
- sim vc, quer que seu filho nasça sem padrinho?
- ele já tem o pai, não precisa de padrinho.
- Danilo por favor, se acontecer alguma coisa com ele... - suspirei fundo tentando não pensar no pior, comecei a chorar e a Flora me abraçou.
- tá bom.
- obg.
Saímos de casa, disse qual era o hospital, fomos o caminho todo em silêncio.
- pode voltar para casa, eu vou ficar com eles aqui.
- tem certeza?
- tenho e obg. - sai do carro e entrei no hospital ja vendo a mãe do Davi chorando sentada sozinha no canto. - tia? - ela me olhou eu me sentei ao lado dela e a abracei.
[...]
- não aconteceu nada demais, ele só teve uns arranhões mas vai ficar bem.
- podemos ver ele? - perguntei.
- claro, me acompanhem. - ele nos levou até o quarto que o Davi está.
- oi filho. - beijou a cabeça dele.
- oi mãe.
- como vc está? - segurei a mão dele.
- melhor agora.
- que susto vc nos deu meu filho.
- foi mal, mas eu estou bem, eu estava andando em muita pouca velocidade.
- dessa vez eu acredito. - disse a mãe dele e eu sorri.
