Maya tem 17 anos e cresceu no complexo do Alemão, sua mãe morreu quando ela tinha 4 anos em um sequestro, depois disso seu pai continuo a comandar sozinho o morro e vingou a morte da sua esposa, ela cresceu sem mãe, seu pai tentava ser presente mas...
Acordei, abri meus olhos, me sentei na cama, coloquei meu celular para carregar, entrei no banheiro me olhei no espelho.
- nem estou tão ruim assim.
Tomei um banho relaxante sai do banheiro e me vesti.
Look
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Pentiei meu cabelo e desci.
- bom dia Flora. - disse após entrar na cozinha.
- bom dia? São três da tarde querida.
- nossa. - me sentei na mesa da cozinha.
- quer almoçar?
- não, estou me sentindo meio enjoada.
- sério?
- sim, o pouco que eu bebi ontem não me fez bem.
- imagino o pouco. - sorriu. - vou fazer um leite quente para vc.
- tá, os meninos já desceram?
- ah muito tempo tiveram um imprevisto na boca.
- não gosto da ideia imprevistos na boca.
- eu tbm não.
- se alguém não morreu, vai morrer. - ela me fitou e voltou a fazer o que fazia.
[...]
- eu quero voltar sabe, mas eu não posso ir antes do meu pai, pode ser cruel falar assim, mas é um fato que as vezes parece inacreditável e que negar é a melhor forma de neutrar a dor, mas tem horas que minha ficha cai e eu falo como se não doesse Tânia, mais dói tanto, tanto e vc não faz a mínima ideia.
- eu sinto muito querida, eu sinto de verdade. - me abraçou chorando.
- eu só queria levar ele para minha casa e começar uma vida nova lá, uma vida normal, sem criminalidade ou coisas ilícitas, eu queria tanto, mais tanto.
- Maya, nada na vida é exatamente do jeito que queremos, seu sonho sempre foi ter uma vida normal, mais quem sabe, se vc acreditar, em outra vida, vc tenha sua vida normal, mas saiba que sua vida normal pode vir diferente, bem diferente do que vc quer.
[...]
- tava a onde? - perguntou DL.
- ou DL me responde uma coisa amigão, por a caso, vc é meu pai, irmão, avó, tio ou namorado?
- eu perguntei primeiro.
- responde minha pergunta.
- não Maya, não sou nada disso.
- ata. - comecei a subir as escadas.
- vc não me respondeu. - parei no meio da escada e virei para ele.
- eu não te devo satisfações Danilo, vc não precisa saber cada passo que eu dou nesse morro.
- preciso pq eu sou responsável pela sua segurança e devo saber a onde e com quem vc sai e anda.
- eu não preciso que ninguém cuide de mim, eu sei me virar e sobreviver, como ou até melhor que vc.
- disso eu duvido.
- mas vcs só brigam. - disse meu pai saindo da cozinha.
- estamos tendo somente uma conversa Gabriel.
- uma conversa bem hostil então.
- ele sempre quer a onde eu vou ou estava e eu não preciso de babá pai.
- ele só está cuidando de vc Maya colabora.
- eu luto contra vcs dois juntos, apesar de não gostar, sei segurar melhor uma arma do que qualquer caçador então não, eu não preciso que ninguém cuide de mim, pq eu sei muito bem como fazer isso sozinha. - continuei subindo as escadas.
