Capítulo 12

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Pov Bianca

Duda Libera Um Suspiro. Esfrega a Testa Com a Mão.

— Depois desse show todo e desse dia longo, eu preciso de um drinque — ela diz quando entramos no táxi. — Ou dois.

— Eu também preciso de uma bebida. — Dou dois tapinhas brincalhões no joelho dela e então peço ao motorista que siga para o centro da cidade. — A propósito... Enfermeiro? Aquilo foi brilhante!

Nós batemos nossos punhos em comemoração.

— E eu nem precisei mentir — ela observa.

— Como eu posso dizer? Eu só demorei um pouco para contar a verdade...

— Honestamente, tenho que te dar nota "A" pelo desempenho desta noite. Foi mais do que perfeita.

— Ei, agora sim — ela diz em tom de brincadeira. — Eu estava procurando o meu boletim. Finjo entregá-lo a Duda.

Ela, por sua vez, faz que está abrindo e depois o lendo.

— Parece que ganhei "A" em tudo.

Concordo, acenando com a cabeça.

— "A+", na verdade. O comentário sobre o enfermeiro conta como crédito extra. Tá vendo aqui? — Movo o dedo indicador no ar como se estivesse tocando o boletim invisível. Ela dá risada e segura o meu braço.

— Eu não consegui evitar — Duda diz. — Os comentários da Sra. Offerman são tão conservadores!

Minha mãe ficou em casa para cuidar de mim e do Gagui quando éramos crianças, então não vejo nenhum problema se uma mãe resolve trabalhar fora ou decide tomar conta dos filhos. No caso da minha mãe, ela se encarregou da nossa criação enquanto também assessorava meu pai no negócio dele. Fosse como fosse, meu pai a tratava como uma rainha em algumas situações, mas sempre a tratava de igual para igual. É assim que as coisas devem ser, independentemente da escolha da mulher.

— Falando em ser conservador, que tal se nós fôssemos ao Vila 567? — proponho. — Sim. Eu estou de pé desde as seis da manhã — ela responde e projeta os lábios para frente, como uma estrela de cinema do passado, então fala num tom de voz rouco e sexy. — Mas ainda estou no clima para uma saideira. Pouco tempo depois, nós atravessamos a porta. Entramos em um bar com música suave e sensual, saindo de caixas de som embutidas no teto. Duda se joga em um sofá, deixando a bolsa cair ao seu lado e se acomoda de modo totalmente relaxado. Retiro-me para fazer nossos pedidos e volto com um drink para ela e um bourbon com gelo para mim.

— À Maria Eduarda Sincera — eu brindo, erguendo meu copo.

— À Bianca Cocker Spaniel — ela diz antes de dar um gole. Então geme quando experimenta a bebida e olha para o copo com um sorriso no rosto. — Isso é divino. Prove.

Ela me entrega o copo e eu bebo um pouco. Um sabor delicioso explode em minha boca. Minhas papilas gustativas devem estar dançando agora.

— Santo Deus. Será que conseguimos roubar a receita? Duda ri.

— Como na vez em que fomos ao Guilhotina bar — ela diz, e seus olhos brilham quando ela se lembra dos eventos que nos levaram a abrir um negócio juntas. Estávamos comemorando a venda do meu aplicativo namorado na inauguração de um bar no centro da cidade.

Nós pedimos o coquetel que era a especialidade da casa, que viria a se tornar um grande sucesso na forma engarrafada vendida em supermercados. Era tão absurdamente bom que nós duas apontamos para os nossos copos ao mesmo tempo e dissemos: "Vamos roubar essa receita." Foi então que resolvemos definitivamente colocar em prática os nossos planos.

Para Sempre Minha Melhor Amiga - DuancaOnde histórias criam vida. Descubra agora