Capítulo 16

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Pov Bianca

Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades. 

— Tenho uma confissão a fazer — eu digo. 

— Sim? 

— Sei que você queria provar que ainda podemos ser amigas quando estávamos assistindo à televisão, mas eu não estava me sentindo tão sua amiga assim. 

— Por que não? — ela pergunta, com uma expressão ligeiramente preocupada no rosto. 

— Sabe, eu não senti a menor amizade por você quando me perguntei como seria sentir o gosto da sua boca — eu sussurro e a preocupação nos olhos dela dá lugar a um brilho de excitação. 

Seu peito se estufa e se esvazia, subindo e descendo, como se cada respiração estivesse repleta de ansiedade pelo que está por vir. 

Eu seguro o rosto dela em minhas mãos, encosto minha boca na dela e então a beijo. Como uma provocação. Uma provocação suave, lenta e demorada, que fará exatamente o que eu prometi a ela que um beijo faria. Eu esfrego meus lábios nos dela, provando-a, tomando posse de sua boca, e só depois deslizo a língua por entre seus lábios vermelhos e ávidos.  Este não é o nosso primeiro beijo, mas é o primeiro que não está sujeito a ser abortado. É um beijo completo, que cumprirá o seu percurso até o fim. 

É assim que eu a beijo.

Como uma promessa do que está por vir. 

Do que ela terá.  Várias vezes.  Quando interrompo o beijo, passo o dedo polegar pelo lábio superior dela, como se estivesse marcando meu território. Ela engasga quase imperceptivelmente. 

— Você tem gosto de bala de cereja, tequila e pecado — eu lhe digo, enquanto minha mão passeia pelo pescoço dela e meus dedos alisam a pele macia e delicada de sua garganta.

— E agora que provei o seu gosto, quero te ver toda, inteira. Quero ver você nua.

— Tire minha roupa, então — ela murmura numa suplica. 

— Pedindo assim, com tanta gentileza... — eu digo, deixando minha voz sumir no ar enquanto abro o primeiro botão da camisa, e depois o seguinte. Tudo ao meu redor parece vibrar. A antecipação tem seu próprio ritmo e é como uma alma aqui dentro do apartamento conosco. 

Eu quero que esse momento fique registrado na minha memória para sempre. Para jamais esquecer qual foi a sensação de tirar minha camisa dela. 

Ela corre a língua pelos lábios e eu a vejo estremecer. Há fogo em seus olhos.

Libero o último botão que prendia a camisa e dou um passo para trás a fim de admirar ela . Estou completamente subjugada pela mulher diante de mim. Ela sempre foi linda, mas aqui, esta noite, com a luz da lua entrando pela minha sacada e iluminando-a enquanto ela está de pé, encostada à parede branca da minha sala, ela está mais do que linda. 

Duda é um anjo que veio pecar comigo. 

Minha camisa está semiaberta no corpo dela, revelando uma longa e sensual linha desde a garganta, passando pela região entre os seios, até chegar ao umbigo. A calcinha cor-de-rosa com laço que ela está usando é de cintura baixa. Com as mãos na altura do colarinho da camisa, começo a deslocar o tecido para os lados, desnudando seus ombros, e paro brevemente para beijar sua clavícula. Depois continuo baixando a camisa, e beijo seus braços, palmo a palmo. Paro para beijar a curva do cotovelo e prossigo assim até chegar aos pulsos dela. 

Duda por fim descarta a camisa com um suspiro alegre. A roupa cai no chão e eu quase sofro uma parada cardíaca com a maravilha que vejo diante de mim. Meu Deus, despi-la é como desembrulhar um presente. Desatar o laço, começar a abrir a embalagem e descobrir que o que está em seu interior é ainda melhor do que você sonhava que seria na manhã de Natal. 

Para Sempre Minha Melhor Amiga - DuancaOnde histórias criam vida. Descubra agora