Capítulo 25

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Pov Bianca

Eu Estou Bonita. Trajando Uma Bela Calça Branca, camisa social feminina azul-marinho, e um air force novo... E, além disso, acabei de tomar um banho daqueles. Legal. Meu pai me levou para fazer compras e depois fomos à casa dele, onde ele me deixou usar o chuveiro do seu quarto de hóspedes. O resultado? Eu estou nova em folha, é claro. 

Porém, ele não me deixou telefonar para Duda. 

Sim, eu sei o número do telefone dela. É um dos dois telefones que eu consigo guardar de memória: O número dela e o do restaurante chinês que faz entrega em domicílio. 

Então, em vez de me deixar telefonar, meu pai ligou ele mesmo para Duda e perguntou gentilmente se ela ainda estaria livre para se encontrar comigo esta noite. Evidentemente, ela disse que sim e ele a avisou que eu a buscaria às seis. 

Quando o carro de luxo que contratei estaciona em frente ao prédio de Duda, eu me sinto como uma adolescente a caminho do baile da escola. Exceto pelo fato de que não comprei uma pulseira de flores para dar a ela e nem tenho mais a estamina própria dos adolescentes — já passei dessa fase há muito tempo, graças a Deus. 

Mas o nervosismo é o mesmo e os meus nervos estão à flor da pele. 

Eu saio do carro e vou falar com o porteiro. Ele interfona para avisar Duda que cheguei e eu espero, andando para lá e para cá na portaria, contando a quantidade de peças do piso. Três intermináveis minutos depois, ela aparece no saguão. 

Duda está vestindo uma saia de cor vermelho-amora e uma blusa preta. É a mesma roupa que ela usou quando fomos comprar o anel. 

Quando me dou conta disso, uma estranha sensação de ansiedade me invade. É como um sinal. Ela se aproxima de mim e eu agora posso vê-la em detalhes. Seus cabelos caem sobre os ombros de maneira solta, encantadora. Seus lábios estão vermelhos e brilhantes.  Acompanho com os olhos toda a extensão de suas pernas à mostra, até me deparar com os sapatos pretos de salto alto. Não sei com certeza se já disse a ela que esses são os meus sapatos favoritos; e, de repente, fico ainda mais animada de saber que aqueles que ela mais gosta de usar são os que eu gosto de vê-la usando. 

Eu mal posso acreditar que fiquei apenas oito horas sem vê-la. 

Duda fica parada diante de mim, olha bem nos meus olhos e encosta o dedo indicador no meu peito. 

— Eu não sei se beijo você ou se bato em você. Eu mandei mensagens de texto o dia inteiro. Para a minha bolsa! — ela diz, enfiando a mão dentro da bolsa e vasculhando seu interior. 

Ela tira o meu telefone celular dali, o empurra em minha mão e a primeira mensagem que vejo na tela me faz sorrir:  Essa foi a maior mentira que já contei na vida. Me ligue. 

— E como se não bastasse, eu telefonei para você várias vezes, até me lembrar de que o seu celular estava comigo. Passei o dia inteiro mandando milhões de mensagens para mim mesma. Você deixou o celular no silencioso, sua idiota! 

— Bom, tenho que reconhecer que se alguém merece ser chamada de idiota hoje, esse alguém sou eu. — Apesar de tudo eu sorrio, porque esse é um dos motivos que me fazem amá-la loucamente: ela não tem receio de partir para cima de mim e me dar uma bela bronca. 

— Você ao menos quer saber o que as mensagens diziam? 

— Quero — respondo, pegando a mão dela e entrelaçando seus dedos nos meus.  Deus, como é bom tocá-la de novo!  E eu sinto que a felicidade existe quando ela aperta a minha mão também. 

— Mas agora, primeiro, o que eu quero é levá-la para sair. 

Para o meu restaurante favorito? — ela pergunta quando chegamos à porta da resplandecente limusine preta. 

Para Sempre Minha Melhor Amiga - DuancaOnde histórias criam vida. Descubra agora