Capítulo 19

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Pov Bianca

Ficamos um tempo deitadas na cama só curtindo a companhia uma da outra. Então Duda se levanta e começa a recolher suas roupas. Ela caminha ao redor da cama em busca de alguma coisa no chão. 

— O que está fazendo? — pergunto, curiosa. 

— Vou me vestir. 

— Pra que? 

— Para ir embora. Não foi esse o trato? 

Eu rastejo até a beirada da cama e a detenho, passando os braços em torno de sua cintura. 

— O que você está fazendo? — ela grita, surpresa. 

Eu a atiro no colchão e faço cócegas nela. 

Duda cai na risada. 

— Pare com isso, Bianca! 

Mas eu não cedo. As pontas dos meus dedos apertam as laterais do seu corpo num verdadeiro bombardeio e ela se contorce toda. 

— Só vou parar se você passar a noite aqui. 

— Piedade! Misericórdia! — ela clama, e está sorrindo, um sorriso largo e luminoso.

Eu a puxo para mim e retiro o cabelo que está cobrindo sua orelha para sussurrar dentro dela: 

— Você vai ficar? 

— Sim — ela responde com emoção na voz.

— Não se importa se quebrarmos mais uma regra básica? 

— Também não precisamos exagerar. Quer dizer, eu não me importo, contanto que você não tente me beijar assim que acordar. 

— Por causa do mau hálito de cama, não é? 

Faço que sim com a cabeça. 

— Claro que não é o seu especificamente. É de um modo geral. 

— Hum... — Duda franze o nariz.

— Quer saber? Hálito matinal daria uma excelente regra básica. Odeio hálito matinal. 

— Eu também. 

— Aliás, eu não tenho escova de dentes. 

— Eu tenho uma sobrando. Nunca foi usada — digo a ela. 

Duda coloca o dedo indicador nos lábios, como se estivesse considerando todas as opções. 

— Vejamos... Que sabor de creme dental você tem aqui? — ela indaga. 

Um rubor começa a subir pelo meu rosto. Ela percebe o meu constrangimento. 

— Não me diga que usa uma daquelas pastas para crianças? 

— Não. Na verdade, eu comprei a pasta que você gosta, de menta. 

Os olhos de Duda brilham e ela leva uma mão ao peito. 

— Você comprou uma pasta de dente para mim. 

Ela parece mais feliz do que se mostrou na ocasião em que lhe comprei o anel.

Meu coração bate mais rápido e palavras começam a se formar em minha língua.

Palavras que revelam sentimentos estranhos e novos dentro de mim. Meus lábios começam a se abrir para que eu possa dizer alguma coisa, contar a Duda sobre os sentimentos que começo a nutrir por ela, dizer que isso está se tornando muito real. Porém eu paro quando ela encosta sua boca na minha e sussurra: 

Para Sempre Minha Melhor Amiga - DuancaOnde histórias criam vida. Descubra agora