Capítulo 13

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Pov Bianca

Os Braços de Duda estão em volta do meu pescoço e os lábios dela procuram os meus.

Ela me beija furiosamente, como uma tempestade; uma tempestade com relâmpagos no céu, explodindo em calor, faíscas e trovoadas.

Ela está caindo de bêbada. Consigo sentir isso pelo jeito frouxo e lânguido com que ela se movimenta, pelo amolecimento do seu corpo e por sua respiração arfante. Sinto o gosto de gin nos lábios dela e o gin nunca me pareceu tão bom quanto agora que está combinado com o beijo da Maria Eduarda. Tudo o que vem dela bombardeia os meus sentidos — seu gosto, seu cheiro, seu hálito. A pele de Duda que cheira a mel; ela está usando um dos cremes do estoque que me mostrou.

Saber esse pequeno detalhe sobre Duda, isto é, saber de onde vem o aroma inebriante que exala dela faz o sangue rugir em minhas veias. Faz com que eu queira saber qual perfume o corpo dela terá amanhã. E qual será o sabor dela no dia seguinte. Qual fragrância ela espalhará pelo corpo quando sair do banho e se essa fragrância também vai me tirar do sério.

Esse cheiro de mel é espetacular. Estonteante, fascinante e feito para ela. Seja qual for a essência que ela use amanhã, depois de amanhã, e depois, e depois, eu sei que vai mexer comigo com a mesma intensidade, porque ela é uma tentação total. Especialmente enquanto devora a minha boca desse jeito.

Grunhindo baixo, eu a envolvo nos braços e a puxo para mais perto de mim. Ela monta em cima do meu quadril com as pernas abertas, na traseira do táxi que agora já transita por São Paulo.

Maria Eduarda pronuncia novamente meu nome num vago chamado. A palavra soa como um gemido quando sai de seus lábios vermelhos: — Bianca... eu quero você — ela sussurra em meu ouvido. — Nosso beijo de ontem me deixou tão excitada. E agora estou morrendo de vontade de novo. Tudo o que você faz me deixa assim.

Ah, meu Pai. E agora, quem é que vai me salvar de mim mesma?

Isso não pode continuar. Eu preciso pisar no freio. Esse carro está correndo fora de controle. Tenho que dar um basta nisso ou a colisão será inevitável.

— Maria Eduarda! — eu digo em tom de advertência e tento tirá-la de cima de mim... mas o que ela está fazendo agora? Ela levanta sua saia e coloca minhas mãos em cima das suas pernas, é a tortura mais doce e cruel que pode existir. A cena diante dos meus olhos me faz bufar de prazer. O táxi reduz a velocidade ao se aproximar de um semáforo e nenhuma de nós duas dá a mínima para o fato de que o motorista está logo à nossa frente. Eu não percebo nada mais à minha volta, exceto por como a minha pele ferve quando ela roça em mim. Seus lábios exploram todo o meu corpo; é um verdadeiro massacre sensual e eu estou bem perto de sucumbir.

Sinto a boca dela em meu pescoço, em minha mandíbula e então deslizando até minha orelha. Ela passa os dentes em meu lóbulo e o mordisca.

Eu libero um gemido e agarro seus quadris com mais força. Porra, como isso é gostoso! Eu adoro tudo o que ela faz. Ela roça levemente a ponta da língua na concha da minha orelha e tudo o que me resta a fazer é levantar a bandeira branca e aceitar a derrota, porque ela encontrou meu ponto fraco e parece saber disso.

Duda me beija exatamente ali e cada movimento da sua língua me enlouquece mais, me faz querer carregá-la para seu apartamento, jogá-la na cama e partir para cima dela.

Ela faz um movimento de vaivém com o quadril sobre o meu, subindo e então deixando o corpo cair com vigor, sussurrando:

— Quando eu senti você no meu sofá, fiquei louca. Completamente louca. A mão dela começa a descer, por todo o meu corpo.

Para Sempre Minha Melhor Amiga - DuancaOnde histórias criam vida. Descubra agora