8- Misterios

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Sally:

Saio do banheiro com a toalha enxugando meu cabelo, ouço um barulho estranho vindo do andar de baixo. Desço as escadas cautelosamente. Algo passa rápido em direção a cozinha me fazendo ficar bem mais atenta. Pego a vassoura no canto da parede e vou em direção a cozinha. Entro pronta para bater no que tivesse ali. Mas não havia ninguém. Viro para sair e um cachorro me surpreende. Ele está sentado, olhando para mim, com um olhar super fofo.

- Olha só. Então foi você que entrou?

Dou risada. Não acredito que tive medo de um cachorro. Abaixo para alisa-lo. O cachorro começa a babar e rosnar, isso já é suficiente para quê me levante segurando a vassoura.

-calma garoto.

Tento acalma-lo, mas quem entra em desespero sou eu. A cabeça do cachorro simplesmente parte em duas e modifica de alguma forma seus dentes ficam afiados como várias agulhas grandes. Ele fica maior e com duas cabeça. Corro, ouvindo ele rosnar como um bicho selvagem sedento por algo.

Estou perto da porta,só que ele aparece bloqueando a passagem. Estremeço, segurando firme no cabo da vassoura enquanto dou passos devagar para trás. Ele salta em minha direção, uso o cabo da vassoura para acertar-lo. O cachorro vai de encontro a parede, corro com um pedaço do resto que sobrou do cabo da vassoura. Alcanço a maçaneta, só vi que calculei errado quando as presas de uma das cabeça agarra minha perna sacudindo com força, caio no chão com ele mordendo minha perna e o outro latindo. Levanto a mão com resto de madeira e enfio na cabeça do que estava me mordendo. Ele solta a perna chorando, gemo de dor. -Filho da puta!
O outro parti pra cima, mas uma luz laranja o joga para trás. Minha expressão é de assustada. Uma mulher passa por mim falando uma língua estranha, parece latim. O cachorro se contorce e uma terceira cabeça sai do corpo dele. A mulher fala cada vez mais firme e severa, como se expulsa-se um demônio. Abaixo daquele um buraco surge, o buraco suga ele para dentro e logo some. Nada faço, nem sequer um movimento.

- Coitada, imagino o trauma de ter um Cérbero na sua casa em plena luz do dia

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- Coitada, imagino o trauma de ter um Cérbero na sua casa em plena luz do dia.

A mulher refere-se aquela coisa como um Cérbero, um protetor dos portões do inferno. Aceitar essa loucura é a parte mais difícil.

-Sou Johanna Constantine. Sentir que precisava de ajuda.

Olho para a mão estendida em minha direção, ainda assim não consigo me mover. A imagem daquele cachorro... O fedor de enxofre que nem aquela mulher que vi...não foi um sonho, foi?

- Ok, entendi. Esta traumatizada. Venha. A maioria fica assim no início.

A mulher ajuda-me a levantar, sento no sofá olhando em direção ao buraco que já não existia ali.

- O que...ele queria?

Não tiro os olhos do chão com medo de que ele voltasse a qualquer instante.

Sr.Sandman EM REVISAOOnde histórias criam vida. Descubra agora