Capítulo 6: Lembranças

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— Acho bom você ser fantástico nessa busca — Digo jogando uma pasta sobre a mesa

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— Acho bom você ser fantástico nessa busca — Digo jogando uma pasta sobre a mesa

Christopher a pega com revirar de olhos, sentado sobre a cadeira do escritório ele avalia o conteúdo encarando a foto de Gabriela por um tempo.

— Se eu não fosse, o mais arrogante dos Basile não teria saído do seu país tropical para um almoço de família na Itália

Depois da confusão que "Os fantasmas" fizeram em frente à mansão da família, meus pais tomaram um susto com a minha presença, ao que parece Christopher sequer avisou à alguém que eu vinha, porém acabamos almoçando todos juntos, Saori está enorme, me fez milhares de perguntas e minha mãe parecia radiante em ter todos juntos. Me peguei diversas vezes pensando no quanto queria que isso se tornasse rotina, mas bastava olhar para essa casa que meus motivos de ficar longe se tornavam vívidos como sempre.

— Depois que achar, eu mato a garota? — Christopher me tira dos devaneios

— Proteja-a — me viro para a janela observando o imenso jardim, que por tantas vezes brinquei com meus avós

— Não sou babá! Tenho mais o que fazer, Enrico

Esfrego os olhos com o polegar e indicador, exausto, dormindo pouco, afogado em trabalho, e num ambiente que grita saudade. Tudo que eu não tenho é paciência com a histeria de um homem feito

— Que seja Christopher! Apenas encontre e me informe que eu mesmo darei um jeito de protegê-la — Decido irritado

Como eu farei isso? Não tenho ideia!
Mas meu cérebro sequer consegue formular soluções agora, tudo que quero é voltar pra casa e dormir toda a viagem se possível.

Saio do cômodo antes mesmo de ouvir sua resposta, ele queria que eu viesse, eu vim, entreguei as informações que tenho, expliquei o que fazer, agora não há mais nada que dependa de mim.
Me despeço da minha família que como sempre pede que eu os visite mais, sei que não sou exatamente o que esperavam, principalmente por estar tão longe, mas eu gosto da vida que escolhi.

Caminho devagar até o portão, as paredes e algumas árvores do jardim que vó Gio tanto amava tiveram que ser mudadas desde o atentado á 18 anos.

Pai? O que está... — Estagnei no lugar quando percebi os monitores das câmeras que ficavam na casa dos meus nonni

Estavam invadindo a mansão com armamento pesado, até mísseis estavam sendo usados, o brasão estampado em alguns carros e roupas mostravam que os desgraçados tinham orgulho de mostrar quem eram, era um ataque direto provavelmente para enfraquecer a família e dar algum tipo de golpe em nosso território.

Sem me responder, meu pai correu até o carro da minha mãe levando armas e um Tablet conectado ao monitoramento. Assim que arrancaram Chris chegou do curso confuso, mas assim como Hades eu não tinha tempo de explicar, beijei seu rosto e ele olhou no fundo dos meus olhos parecendo se assustar com o medo que havia neles. Meus avós eram minha maior inspiração e amor, sonhava em fazer meu nome inesquecível como a vó Gio e amar desesperadamente como meu avô Marco.

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