Gêmeos idênticos, mas o verdadeiro exemplo de "os dedos da mão são irmãos mas não são iguais".
Enrico um agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e Christopher, um mafioso, passaram a vida competindo até que algo os coloca para trabalhar...
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Sentado no bar de uma casa noturna argentina, aguardo a aparição de Gabriela que virá acompanhar um empresário, até onde eu sei, o homem nunca se envolveu em nada criminoso, é apenas um dos milhares de babacas que sonham em ter uma noite com a boceta de ouro.
Viro um copo de gin, entediado, a todo momento alguma mulher se aproxima com uma conversa diferente e sempre passando a mão em mim, para o desespero da minha esposa se soubesse. Pego o celular pensando em mandar uma mensagem para ela, mas é o nome do meu irmão que surge na tela, ninguém merece!
— Tem nada pra fazer na porra do seu país não? — Ultimamente ele está ainda mais chato que o normal, me ligando todo dia pra fazer perguntas desnecessárias
— Cadê a Gabriela? — Seu tom é quase desesperado o que me deixa alerta
— Num hotel com o cliente de hoje, o que houve? — Levanto fazendo sinal para os homens que me acompanham
— Te mandei a foto, tira ela de lá agora! Acharam a garota
Corro para o hotel que por sorte fica bem próximo, a foto que Enrico citou era um print, pelo que vi enviaram uma imagem de Gabriela deitada na cama do hotel e a mensagem "Conheço suas fraquezas, e estou de olho em você", consigo convencer a recepcionista à liberar nossa subida, chego com meus homens em seu andar, e assim que confirmam o número do quarto arrombo a porta com um chute, a arma em punho e pelo menos 150 palavrões para xingar essa puta teimosa do cacete.
Mas perdi todos eles ao me deparar com a cena, por Dio, os dois estão pelados, a mulher de quatro sobre a cama e... A boceta dela tá brilhando? Eu não devia olhar, Jas vai me capar, mas Cazzo, tá brilhando!
Aperto os olhos e noto que a desgraçada tem dois piercings lá, um próximo à entrada e outro no monte de vênus. Pisco devagar na tentativa de mudar o foco, mesmo que à meia luz os pequenos metais sejam como uma discoteca. A cama é a mesma da foto assim como a decoração, noção que imediatamente me faz levar os olhos ao tal cliente, o cretino estava tentando sair de fininho do quarto
— Se fizer isso, meus homens vão te pegar lá fora — Viro para ele de braços cruzados e à essa altura o capacho loiro de Gabriela, que descobri se chamar James, já surgiu na porta
— O que houve? — James é quem pergunta me encarando
O ignoro e me viro para a mulher que ao menos vestiu um roupão agora, sua expressão é neutra, o olhar avaliando a situação me deixa intrigado, não parece a primeira vez que lida com algo assim.
— O que você quer? — A própria garota pergunta ao cliente que sorri debochado
— O que acha que eu quero com uma puta?
O homem cruza os braços e disfarça o olhar para a sacada, estamos no quarto andar, ele teria que ser muito bom para sair por ali vivo, mas eu é que não vou apostar
