Capítulo 10: Proteção

63 18 55
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Posso até escutar Yavuz dizendo ao meu ouvido que deveria levá-la à casa da delegada para ficar com sua esposa até a asiática chegar, Camila estaria melhor com elas, a deputada aqui trará problemas dos quais não precisamos.

A questão é que eu não conseguiria deixá-la em qualquer lugar que não fosse sob os meus cuidados, não sei ainda o que é isso e me sinto péssimo em desejar alguém tão proibida para mim, porém não é apenas atração sexual, eu me sentiria feliz em tê-la todos os dias apenas para conversar e ouvir sobre seu dia, seus sonhos, sua infância tão diferente da minha.

Sim, sim, eu estou ferrado e sei disso!

Mas vendo-a dormindo em meu sofá tão frágil, serena, e delicada, não fui capaz de sequer cogitar ter feito diferente do que fiz.

Na verdade, nem agora indo atender o médico da família com o pau duro e tentando pensar em ursinhos carinhosos para melhorar a situação.

Eu derrubaria a água de novo, a provocaria novamente e sem dúvidas beijaria outra vez.

Abro a porta para o senhor de sessenta anos que cuida da minha saúde no Brasil e também o fazia com Bea quando ela morava aqui, o homem sorri de maneira cordial e eu o agradeço por vir num horário tão incomum, assim que fecho a porta Camila se aproxima impecável segurando seu copo de água

— Deputada Araripe! Que honra conhecê-la, sou um grande admirador do seu trabalho, apenas lamento as circunstância — ao que parece o médico também é um dos milhares apaixonados pela deputada

Reconheço imediatamente a postura que Camila adota, totalmente diferente de à alguns minutos, ela está mais ereta, os sorrisos são comedidos e não há fragilidade alguma em seus olhos, enquanto fazem o exame ela e o doutor engatam numa conversa animada sobre as eleições.

Meu celular notifica uma mensagem de Christopher que pelo jeito já fez merda, Nikolay também enviou algumas dizendo que deveria voltar em breve para ajudar Alev e que eu teria trabalho com Gabriela, não sei o que significa mas preciso conversar com o mimadinho, peço licença e vou até o meu quarto fazer uma chamada de vídeo para meu irmão, não que eu fosse fazer alguma falta naquela conversa política.

— Me diz logo a merda que você fez — Digo olhando para ele através da tela do notebook, Chris esfrega o couro cabeludo atrás da cabeça com as pontas dos dedos, mania que ele tem desde criança quando está desconfortável ou muito nervoso

— Aquela puta é uma peste! — Reclama e preciso me segurar para não rir — Estou te vendo segurar o riso, você sabia não é Stronzo? Me mandou lá a toa

Balanço a cabeça em negativa mas não digo nada para não acabar gargalhando, apenas Laura deixa nosso irmão assim, e se Gabriela conseguiu essa proeza em tão pouco tempo, tenho certeza que protegê-la não será algo tão simples quanto Chris esperava.

Acordo 2Onde histórias criam vida. Descubra agora