Capítulo 9: Molhada

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Vim acompanhar meu noivo em uma festa de gala, e simplesmente não suporto mais esse lugar, encaro o champanhe em minha taça enquanto movo-a

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Vim acompanhar meu noivo em uma festa de gala, e simplesmente não suporto mais esse lugar, encaro o champanhe em minha taça enquanto movo-a

— Amor, esse é o Alev! Fomos apresentados mês passado, — Gui gesticula para um homem alto que não parece brasileiro, a pele dourada e o olhar marcante o destacavam, sorri em cumprimento e ele apertou gentilmente minha mão — ele trabalha com segurança pessoal, acredito que seja interessante contratá-lo para cuidar de você durante a campanha, não acha?

Não vou andar com um carrapato o tempo inteiro! Guilherme enlouqueceu? Eu contrato equipes de segurança quando vou a eventos e é o suficiente. Porém não convém falar sobre isso agora então apenas assinto e digo:

— Podemos ver a possibilidade depois sim — Tipo, nunca!
Sorrio e saio para buscar uma água

Antes que eu chegue ao bar, um garçom me pergunta o que desejo e se oferece para levar até mim, agradeço e volto onde estava meu noivo e o tal homem

— Depois conversamos sobre isso — escuto Guilherme dizer baixo

— Perdi algo? — apoio em seu braço calculando se valia a pena prometer sexo para que Gui me tirasse dali logo

Antes que eu abrisse a boca, o telefone dele tocou e ele informou uma emergência, sequer se ofereceu para me deixar em casa esse idiota egoísta! Assim que se afastou o garçom entregou meu copo com água e gelo,  bebi encarando Alev, tentando disfarçar meu ódio.

— Você tem como voltar para casa? — ele quebra o silêncio e eu sorrio assentindo

— Agradeço a preocupação, mas pedirei um carro de aplicativo

Assim que me viro sinto o mundo rodar, minha pressão baixando, tudo muito de repente o que me deixa desconfiada, pego o telefone para ligar para Agatha com a visão já embaçada

— Acho... que fui envenenada na festa, tem como me buscar?

Mas não é a voz da delegada que ouço do outro lado da linha

Camila? Onde você está? — Enrico responde preocupado

Me apoio com uma das mãos na parede sem saber o que fazer, e uma voz masculina surge próxima

— Deputada? Esta se sentindo bem?

— Não se preocupe, Alev, provavelmente bebi demais — tento não parecer prestes a desmaiar mas ao menos ele acreditará na minha embriaguez

Noto que a ligação caiu e tento novamente, dessa vez ligar realmente para minha melhor amiga, aproveitando enquanto Alev se afasta para atender o próprio celular, mas Agatha não responde, provavelmente está no trabalho, o moreno retorna e à essa altura eu estava prestes a usar todo meu fôlego para mandá-lo cuidar da própria vida, quando ele me entrega seu telefone.

Achei que tinha ligado para Guilherme mas me assusto ao ouvir o italiano que falava comigo à pouco

— Alev é de minha total confiança, deixe que ele te traga até aqui, vamos descobrir o que fizeram com você, está bem?

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