Capítulo 11: Mia fiore

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A chamada já havia sido encerrada mas eu estava incomodado com algumas coisas, nada que eu não soubesse antes, mas preferi ignorar, Camila é manipuladora e é noiva! De um Farabutto*, mas é!

Mantenho o silêncio e a mulher me encara com estranheza, inconsciente meu olhar cai para a aliança em sua mão, estou me afundando em inconsequências a troco de quê?

Se envolver no meio de uma investigação é uma atitude imbecil, qualquer agente sabe disso até os novatos

Cazzo Enrico, pense direito!

— Já caiu em si? — questiona cruzando os braços, seu tom não está tão seguro quanto geralmente é

Essa mulher será minha ruina

— Não deveria?

Ela ri, um sorriso forçado que não alcança os olhos, balança a cabeça assentindo, passo a passo Camila se afasta indo em direção à porta, eu deveria deixar que fosse, é melhor assim, quanto mais próximos estivermos pior será para ambos.

Deveria...

Mas ao invés disso eu a alcanço à passos largos puxando seu corpo que bate no meu tórax com o impulso, de olhos fechados ela suspira, uma das mãos descansando em meu peito a outra entrelaço na minha e que se dane, farei essa mulher gemer meu nome até ser mais minha do que já foi de qualquer outro!

— Fica? — Peço baixo erguendo seu queixo com a mão livre

Como resposta ela se coloca na ponta dos pés tocando de leve meus lábios com os seus, uma entrega silenciosa, que eu jamais rejeitaria.
Tomei sua boca novamente, a mão em seu queixo deslizando para o pescoço com uma pressão leve que lhe arrancou um suspiro longo.

— Te quero nua na minha cama

Seus olhos se abriram surpresos um sorriso bonito pendendo nos lábios, era sexy sem nem se esforçar

— Vai me dar ordens, senhor Garcia? — Pergunta mordendo meu lábio inferior com um olhar desafiador

A cada versão dessa mulher eu fico mais aos seus pés

— E você vai obedecer todas elas, mia fiore

Seu sorriso abriu ainda mais com o apelido carinhoso, e eu já estava ferrado em tantos níveis que não havia porquê tentar me conter, ao menos não agora, não hoje.

Assentindo ela dá um passo para trás, os dedos empurram as alças do vestido até que ele deslize pelas curvas suaves do corpo se amontoando no chão, seu olhar agora é intenso e me atinge sem ao menos tocar, para minha surpresa não há nada além do tecido azul cobrindo seu corpo, e quando ele cai Camila fica completamente nua à minha frente.

Satisfeita com a minha reação caminha pé ante pé sem pressa em direção a ponta da cama onde apoia o primeiro joelho, deixando claro que tudo que pudesse fazer para marcar minhas memórias eternamente, ela o faria.

Engatinhando exposta sobre o colchão me olhou por cima do ombro antes de sentar entre os travesseiros, as costas na cabeceira e minha alma, se ela o quisesse.

— Assim? — A voz inocente em nada condiz com o olhar felino que me oferece

— Abra as pernas pra mim, me mostre como devo tocar você quando forem as minhas mãos aí — Peço tirando a blusa do corpo

Umedecendo os lábios com a língua leva ambas as mãos aos seios, massageando devagar antes de rolar os mamilos escuros entre os dedos, sua expressão de prazer faz o sangue correr por minhas veias, e meu pau pulsar louco para participar.

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