Capítulo 15: Bom marido

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De joelhos no chão de terra o homem cospe sangue, talvez eu tenha usado para descontar o ódio que a selvaggio me causa? Provavelmente.
Mas ele também não colabora a cada vez que não responde uma pergunta.

— Estou perdendo a paciência, — Acerto seu estômago com um chute

Choro, desespero, lamentações, mas nada das identidades de quem eu preciso matar, o inútil já me disse que seu único contato com os fantasmas era financeiro, ele entrava com dinheiro e obtinha contatos e favores, foi com isso que teve acesso facilitado à Felina, e recebeu a tarefa de tirar uma foto dela desacordada, coisa que fez depois de dopa-la, mas quando perguntei os nomes ele surtou, disse que ameaçaram a família dele, pediu misericórdia, tentou fugir...

Com uma machadinha acerto sua coxa, fazendo-o berrar, mas para o seu azar estamos longe o suficiente de qualquer casa para os escândalos desse stronzo não serem ouvidos. Até porque considerando o corte e quantidade de sangue que saiu, esse não dura muito

— Última oportunidade de morrer rápido e indolor — jogo gasolina sobre seu corpo que ainda estava nu e finalmente a boca começa a funcionar, um a um nove nomes surgiram, e por fim o matei com um tiro na testa.

Ao longe Gabriela assistia a cena sentada no capô do carro, inexpressiva, de braços cruzados, quase pegou uma pipoca.

— Não é sua primeira vez em algo assim, não é? — Cruzo os braços ao parar em sua frente enquanto meus homens queimam o defunto

— Eu não tenho mais nenhuma primeira vez, já passei por todas, bad boy, — o tom é malicioso mas o olhar esconde algo maior que me intriga — James não vai para a Itália conosco — muda de assunto

— Nunca convidei seu encosto, e pelo menos não vão transar no meu avião

A morena revira os olhos e ergue o dedo do meio, me dando uma enorme vontade de levá-la amarrada até o meu país. Antes que eu consiga responder, meu celular toca

— Fala Jas

Sua irmã me disse que você volta hoje! — Diz animada

— Estava com Laura? Como está minha sobrinha?

Não vi Saori, encontrei minha cunhada no shopping, mas pelo que me disse estão todos bem, — Ouço sua respiração pesar — Você sente minha falta também?

— Claro! Você é minha esposa — E estou sem transar desde que saí daí

Ok,  isso seria escroto demais, mesmo que seja verdade

Então você e essa mulher não tem nada? Mesmo? — Seu tom é inseguro, mais baixo, como quem sabe que vai me irritar

— Não comece!

— Vem, bad boy — A maldita atrás de mim grita manhosa feito uma gata, quantos anos essa mulher tem?

— Cala a boca, garota! — A encaro prestes a grudar esse pescoço fino e torcer

— Ahh não foi assim que você me chamou agora pouco — Abre um sorriso satânico e percebo que minha mulher desligou na minha cara. Ótimo!

Acordo 2Onde histórias criam vida. Descubra agora