Capítulo 7: Jogo perigoso

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— Pare de flertar comigo — tentei soar séria mas foi quase uma súplica

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— Pare de flertar comigo — tentei soar séria mas foi quase uma súplica

Preciso ser racional, embora não seja tarefa simples quando um homem desse te despe com os olhos sem pudor algum, ao contrário do homem que usa uma aliança comigo.

Guilherme é importante para minha campanha, uma relação estável com um homem de família estruturada e engajada em ações sociais... O noivo perfeito! Então talvez valha o preço

— Se eu tivesse flertando com você, Camila — diz meu nome como se saboreasse, e me pego engolindo seco — Perguntaria a cor da sua calcinha e o quanto eu preciso fazer para deixá-la molhada, — seu olhar em meu corpo é quase selvagem, — mas eu apenas disse meus motivos como você pediu, sua beleza não depende do meu flerte — Pisca abrindo um sorriso safado

Céus! Eu preciso sair daqui!

Por alguns minutos nos encaramos, nada além do som de nossas respirações, até que meus olhos são atraídos para um saco plástico sobre a mesa

— O que é isso? — encaro o pequeno graveto e folhas dentro do material transparente, tentando lembrar onde o vi

Enrico pisca devagar absorvendo minha pergunta, e logo começa a explicar o último feito da quadrilha que procuramos, mais uma vez eles foram atrás de pessoas inocentes para leiloar seus corpos como se os pertencessem, decidindo o destino, quem vive e quem morre com base no saldo da conta. Aquela era uma das evidências deixada para trás dentro no carro que foi abandonado na estrada.

— O mandado que você pediu, realmente irá salvá-los? — Questiono com a sensação que ir atrás de mais indícios não era a melhor opção

Sua expressão me disse a realidade antes mesmo da resposta. Não havia tempo para esperar

— Precisamos acreditar que sim... — Suspira esfregando os olhos — Tudo que podia fazer eu fiz, já revirei as evidências encontradas, nada entrega a localização exata do cativeiro. Tem informações naquele prédio que indicam onde estão mantendo as vítimas, tenho certeza disso, mas meus instintos não contam como razão plausível

Anuí, colocando minha mão sobre a sua na mesa, ele me encara surpreso

— Organize essa busca, deixe que eu cuido do mandado — Sorrio já buscando o celular na bolsa

— A deputada voltou, — provoca

Mas nesse momento tudo que consigo pensar é que estarei fazendo de maneira direta algo para salvar vidas

— Estou sempre por aqui, a Camila é que é raridade — pisquei à caminho da porta enviando algumas mensagens, não demora a uma amiga minha responder, claro que não irá fazer apenas por amizade, ter o nome ligado à resgates dessa proporção é ótimo para sua imagem.

Mas que diferença fazem as razões? O importante é chegar ao objetivo.

Antes de abrir a porta paro com a mão na maçaneta e informo:

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