Safe and Sound - Kate Bishop x Yelena Belova

Não me olhe assim

Hello, queridos companheiros!
Estamos aqui reunidos para mais um capítulo que podemos chamar de anual, de tanto que demora para sair. Relaxem, porque as coisas vão se agitar NOVAMENTE. Se tu quer paz, arranje uma pomba branca para escrever fanfic kkkkkk Brincadeiras a parte, gostaria de relembrar que me chamaram de PUNHETEIRA no outro capítulo, icônico demais para esquecer (vou relembrar mais vezes).  A leitora, a qual vou deixar vocês curiosos e se ela quiser se expor ela que comente aqui, me fez rir muito, fazendo o meu dia e o da minha mãe kkkkkk Por essas e outras, amo escrever, porque morro de rir com vocês e deixam minha vida mais leve e divertida. Agora, espero que esse capítulo deixe a vida de vocês tão leve quanto a minh. BEIJOS CORAÇÃO CORAÇÃO CORAÇÃO.

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NARRADOR

Os gregos antigos, seja para a filosofia ou em suas vidas cotidianas, usavam da mitologia para explicar o mundo que os cercava. Da mesma maneira diversos povos fizeram e fazem até hoje quando buscam explicar coisas que estão além do parco conhecimento humano. Contudo, muitos são aqueles que não acreditam em mitologias ou doutrinas, tentando se pautar na ciência para explicar coisas e se acomodando às limitações da mesma quando ainda não existem respostas para suas perguntas. Kate Bishop, desesperada por respostas de seus enfrentamentos internos, também buscou de alguma forma, na ciência e na própria mitologia, mapear seus sentimentos para explicar a si própria o que lhe ocorria. 

Sentada frente a Yelena, uniformizada para combate, e entre Clint e Sam, sentia a confusão interna crescer diante de si como uma fome insaciável de destruição. Não se sentia segura, mesmo que se sentasse entre dois vingadores experientes e dividisse a mesa com diversas pessoas aptas a dar a vida por sua proteção. De forma irônica, a única pessoa que traria conforto era a que lhe impunha a dúvida, ao fugir de seus olhos como se o azul fosse capaz de queimar como o fogo. Seus “e se’s?” deixavam-na paranóica e possuía ciência de que a probabilidade de o medo ser causador dessa impressão negativa era alta, mas não conseguia evitar a síncope crescente e ansiosa dentro de si. Não se sentiu, portanto, à vontade para partilhar conversas, pois focava na busca por explicações e distrações em sua própria mente. Foi enquanto olhava para seu jantar que definiu como caos o que sentia, porque ao se recordar da mitologia grega compreendeu que não compreendia o conceito. Caos seria a bagunça? Mas na mitologia nada existia se não o caos antes de tudo, então caos seria o nada? Porque, se assim fosse, caos era o que sentia.

Precisava da reafirmação de Yelena sobre sua confiança, assim como necessitava descansar. O corpo, dolorido, precarizava a formação de um humor minimamente aceitável para interações humanas. Se permitiu ouvir de Clint que teriam treinamento e reunião no dia seguinte, logo após o café. Sam, incluiu que estaria incumbido de ensinar-lhe mais coisas, teóricas e táticas junto a Bucky. Começavam a fase B de seu treinamento, mesmo que não soubessem ainda. 

Embora alheia, viu o empenho de Yelena para manter um bom diálogo com os pais, se inteirando rasamente sobre seus esforços de monitoramento e busca de possíveis envolvidos nas tramoias de Kazi e Valentina. Foram interrompidos por Clint, que pediu para evitarem detalhes sensíveis em frente das crianças. E assim se seguiu o jantar, frente a visão confusa e embaçada de Kate.

Naquela noite teve sorte, não estava escalada para ajudar na louça, então poderia rumar para seu quarto e… E o que? Esperar pela manhã seguinte? Decidir que Yelena deveria ir atrás de si? A reunião podia ter sugado todas suas forças e energias de uma forma que jamais imaginou que seria capaz de acontecer, mas o pouco de bom senso que tinha se mantinha intacto. Teria de pedir para falar com Yelena, explicando verdades e contando a ela o que não sabia. Precisavam ficar a sós novamente. Compreendia que a mulher precisava ter com sua família, não os interromperia mesmo em meio a sua relação complicada e confusa de tentativas para resolver as "flatulências" de Alexey. Assim que o jantar acabou, percebeu que Yelena se ofereceu de imediato para ajudar Laura a carregar as louças. Era sua oportunidade de fazer o pedido a loira.