Safe and Sound - Kate Bishop x Yelena Belova

Acordo

HELLO!!
Faz tempo, né? Então, estamos na reta final meus queridos e espero que estejam animados!! Não se preocupem, teremos um capítulo especial para um momento importante que não está aqui, mas que será importante no futuro rsrs.
Enfim, obrigada a todos que se importaram comigo e que mandaram mensagens fofas! Amo voces <3

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NARRADOR

Cidade de Nova Iorque

Os subúrbios nova-iorquinos estavam em alerta. O medo era tão palpável quanto a chuva torrencial que banhava a cidade. Fazia frio e as ruas estavam anormalmente mais vazias, repórteres alarmados comparavam suas novas imagens com as mais antigas referentes ao Blip. Era assustador saber que uma cidade como aquela pudesse ser facilmente controlada por gangues, ou talvez apenas estivesse passando por uma transição radical e indiscreta da marginalidade. Tudo parecia um enorme espetáculo de terror e tensão, pois desde as oito da noite todos deveriam estar com suas luzes apagadas e janelas com cortinas fechadas. Quem não as tivesse que se virasse com papéis e panos, apenas deveriam obedecer ao Chefe.

Eram aproximadamente uma da manhã quando a movimentação estranha começou nas ruas do Bronx, onde dois ônibus ardiam em altas chamas. O cheiro de borracha queimada e o crepitar pouco sutil da lataria derretendo chamou a atenção dos moradores, que tiveram de se virar em suas casas para não precisar sair de seus lares. Alguns cogitaram e fizeram ligações aos bombeiros, que demoraram horas para aparecer, na tentativa de encerrar aquele circo dos horrores crepitante e estupidamente quente próximo às suas casas. Alguns até mesmo tiveram esperanças que a chuva pesada tornasse a cair, mesmo que momentaneamente, mas até mesmo ela, que não tinha nada a ver com esse caos, decepcionou.

Quase que simultâneamente, uma delegacia do Brooklyn virou pó da exata mesma maneira que o apartamento de Kate. Infelizmente usaram ardilosamente uma garota nascida surda, não dando-lhe tempo de sequer explicar a situação e pedir para que fugissem. O esquadrão antibomba nem mesmo conseguiu se equipar antes que todo o edifício fosse pelos ares. Poucos foram os sobreviventes da 99ª DP. Seria fácil questionar os motivos de não enviarem o exército ou o FBI, mas o governador insistia arduamente que não era necessário. Um homem cabeça dura, firmemente rígido por ter tido um pai militar, acreditava que a polícia da cidade em que nascera resolveria. A mesma polícia corrompida até os ossos pela ganância. Claro, existiam os oficiais justos e honestos, mas todos sabiam o que aconteceria se abrissem suas bocas. Sim, é fácil chamá-los de cúmplices e covardes, principalmente quando se está sentado no conforto de sua cama quente, mas na vida real é onde se tem a possibilidade de receber uma bala no centro da testa.

Por conta disso, policiais, alguns moradores mais humildes e até mesmo certos políticos, rezavam para que alguém aparecesse e salvasse o que eles não conseguiam salvar. Como era de se imaginar, por motivos óbvios, nenhum deles, vigilantes noturnos e heróis, se atreviam a ir sozinhos até lá, até por não saberem aonde exatamente deveriam ir. Os holofotes, a segurança e o sigilo, pareciam se sobrepor naquele momento. De certa forma, nem o mais corajoso dos homens faria um movimento tão idiota ao ponto de, em uma cidade corrompida e entregue ao crime, se mover a procura de um lugar que não se sabia qual na tentativa de derrotar nãose sabia quem. Contra quem se vingar? Quem prender? E onde exatamente os encontrar?

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Siasconset - 02:30AM

Ao mesmo tempo que o caos reinava no Estado de Nova York, a pequena casa próxima ao mar em Siasconset parecia fazer parte de uma realidade totalmente diferente. Ironicamente, as janelas fechadas e cobertas por grossas cortinas escondiam as razões dos nova iorquinos precisarem ir dormir cedo. Razões essas que estavam muito acordadas em um quarto iluminado por um único abajur de luz amarelada, ajustado em uma luz baixa e confortável. A chuva que caía ali em Massachusetts e o vento vindo do mar criava uma sensação de gelar os ossos do lado de fora daquela casa, fazendo com que todo e qualquer corajoso se agasalhar para sair.