08:20h NY
MARAISA NARRANDO
sou inocente !
Os murmurios voltaram e abaixei minha cabeça novamente sentindo uma dor insuportável na mesma.
Eu não aguentava mais! As pessoas me olhavam e me julgavam cruelmente por um crime que eu não cometi.
Eu fui acusada de homicídio doloso, por matar Marco Pereira e Almira Pereira, meus pais.
Eu não havia matado ninguém, eu cai em uma emboscada, de quem eu não sei.
Meu pai era deputado federal de Nova Jersey, um grande concorrente político e por isso muitas pessoas estariam interessadas em sua morte.
Eu vi meus pais serem mortos friamente na minha frente.
Dois homens encapuzados entraram na minha casa e atiraram neles, enquanto eu estava presa em uma cadeira, amordaçada, assistindo tudo.
A cenas daquela noite se repetiam em minha cabeça há todo instante, eu havia perdido meus pais.
Eu estava sozinha nesse mundo, e Eu só sentia dor.
Eu nunca desejei tanto morrer como eu estava desejando eu não merecia passar por aquilo eu não merecia perder os meus pais. A vida é injusta, e Deus foi injusto comigo!
O juiz adentrou novamente a sala e todos automaticamente se levantaram para o decreto final.
Minhas mãos suavam frio, eu sentia olhos lacrimejarem meus Automaticamente abaixei minha cabeça, fechando meus olhos com força esperando que as próximas palavras que eu escutasse decretasse minha inocência e fizesse justiça.
A réu Carla Maraisa Henrique Pereira dezesseis anos, acusada por homicídio doloso, é culpada.
E cumprirá vinte dois anos de regime fechado, com direito injusta, e Deus injusto comigo!
foi Eu deixei que todo o ar que eu estava prendendo sair de uma só vez, meus olhos se arregalaram e eu os sentia inundando de lagrimas.
-NÃO Gritei me sentindo sem ar
-NÃO EU NÃO MATEI MEUS PAIS EU NÃO SOU CULPADA, NÃO! Eu gritava e chorava, eu só queria poder acordar e ter certeza que tudo havia sido apenas um pesadelo, um pesadelo ruim que eu abriria os olhos e teriam os braços de minha mãe me acolhendo e a voz protetora do meu pai me mantendo com a certeza de que tudo estava bem. Dois policias seguraram meus braços com força e eu me debatia contra ele e só parei quando meus braços foram puxados para trás e minhas mãos algemadas ,Rosy me abraçou afagando meus cabelos, ela era a unica que acreditava em minha inocência.
Rosy é irmã do meu pai, atual vice presidente dos Estados Unidos, e a unica mulher que me restou nesse mundo Ela se afastou de mim limpando minhas lagrimas, sua pele pálida se destacava pelo batom vermelho vinho em seus lábios e seus cabelos negros calam perfeitamente aos lados do seu rosto.
-Tudo irá fica bem eu vou te tirar da cadeia, agora me prometa, por favor, que irá fica bem suplicou chorona
- tia... Eu estou com medo, eu quero meus pais!
Eu sentia meu mundo girar, eu me sentia abafada. Meus soluços salam sem pudor, as lagrimas calam sem pudor enquanto eu era arrastado do tribunal por quatro homens fortemente armados como se...
Eu fosse uma criminosa.
Assim que eu sentir o vento gelido de Nova York em minha frente uma onda de flashs me invadiram, as pessoas gritavam, perguntavam, me xingavam. Mas eu não conseguia escutar nada, eu estava paralisada há tudo aquilo eu não conseguia acreditar só consegui acordar do transe que eu havia entrando quando o porta-malas bateu e uma escuridão se fez me deixando sozinha, apenas com os barulhos dos meus soluços
PRESÍDIO 06H53m PM
- O delegado irá conversar você, e em seguida te levarei a sua cela, Qualquer ato imprudente te resultará a solitária, compreendido?
(uma mulher falou) Assenti e logo a policial me acompanhou ate a sala do delegada.
Haviam me dado uma roupa para vestir, uma calça de moletom, nem tão justa e nem folgada azul acompanhada de uma regata branca e um moletom por cima da mesma cor da calça, era o uniforme do presidio.
Um extensa porta de madeira com uma placa dourado com a palavra "Sra Mendonça estava gravada na mesma.
A senhora que me acompanhava passou em minha frente e bateu brevemente na porta a abrindo em seguida solta o ar pelo nariz caminhando lentamente para dentro da sala
-Tire as algemas dela, oficial Luisa(O timbre da voz roca fizeram com que eu levantasse minha cabeça de súbito.
Observei a pessoa a minha frente tentando esconder a surpresa. A mulher de fios loiros trajava um terno preto, a gravata da mesma cor estava perfeitamente alinhada em seu pescoço, seus olhos cor de mel me fitavam de forma indecifrável o que me deixava ainda mais intrigada.
-Tem certeza senhora ? (Policial perguntou )
- tire as algemas e saia, ela não irá me machucar não é mesmo?
Abaixei meu olhar assim que seus olhos mantiveram um contato firme com os meus.
A mulher ao meu lado tirou as algemas de minhas mãos e de súbito acariciei meus pulsos levemente doloridos.
-Sente-se
Sua voz me fez acordar do transe que eu havia entrado e suspirei caminhando até uma das cadeiras vagas na frente da grande mesa, observel minimamente todo o local ao meu redor notando o quão luxuosa toda a mobilia era.
- Maraisa Henrique Pereira, não é mesmo?comentou observando um papel em sua mão sentado de maneira reta em sua cadeira de couro
-Assassinou sua mãe, Almira Pereira, e o deputado federal, seu pai, Marco Pereira... interessante-soltou uma breve risada
-tão nova com uma ficha tão intensa..
-Eu sou inocente, eu não matei meus pais!
A mulher loira a minha frente riu de maneira sarcástica largando os papeis sobre sua mesa!
- Todos dizem a mesma coisa Maraisa
-Armaram para mim aumentei meu tom de voz
-mataram meus pais na minha frente.-Suas digitais estavam na arma e as câmeras de segurança da sua casa não mostram ninguém entrando.
-Eles as colocaram lá e apagaram as filmagens em seguida! EU NÃO MATEI MEUS PAIS!
Mendonça não pareceu surpresa com a minha reação, ela apenas mantinha um sorriso de lado me encarando como se eu fosse totalmente inferior a ela, e naquele momento, infelizmente, eu era.
-Eu ja escutei muito isso, pequena Pereira,todos aqui dizem ser inocentes! riu fraco negando com a cabeça
- Vamos lá, me fale a verdade.
-Eu já falei a verdade, eu sou ! Falei irritada me levantando da cadeira em que eu estava ,Delegada Mendonça riu repetindo meu ato e caminhando em minha direção com um olhar ameaçador ,Minha respiração estava descompassada, por um momento ao julgar pelo seu olhar eu me sentia sendo torturada.
Era como se em um único olhar ela estivesse me jogando todo o desprezo e
superioridade que sentia em relação a mim.- Você queria a herança era isso?
Falou com um sorriso debochado.Fechei meus olhos com força sentindo um ódio consumir meu corpo.
Ela falava como se como se eu realmente tivesse matado meus pais, era isso que todos achavam.
Abri novamente meus olhos encarando seu sorriso debochado com uma vontade incrível de arranca-la do seu rosto.
-Você queria ver os velhos mortos e poder ficar com tudo pra você? riu negando com a cabeça
-Tão lindinha, mas virou uma pequena assassinal
Antes mesmo que eu pudesse me acalmar e ter noção dos meus atos, minha mão se levantou de súbito indo em direção ao seu rosto.
Gostaram ? Vem muita ação por aí..
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CELA 23 -MALILA
ActionSua cabeça estava baixa enquanto o juiz decretava a sua sentença. Seu olhar brilhava de inocência, suas mãos tremiam em seu colo enquanto pagava por um crime não que cometeu. Um delegado preso aos encantos de uma presidiária. Um homem com seus valor...