Presidio Of Alcatraz-16h20min
Point Of View-Maraisa Pereira
Minhas mãos tremiam em meu colo e meus soluços salam sem pudor algum, eu chorava por tudo.
Chorava por saber que eu iria morrer em alguns dias, chorava por estar passando por tudo isso, chorava pela morte e saudade dos meus pais e chorava por estar gostando de um homem que além de ser delegado da penitenciária que eu sou presa é um cara casado!
Limpei minhas lágrimas com força tentando fazer com que todos os meus soluços parassem, Eu sentia uma dor tão grande, era como se tivesse um buraco em meu peito e agora ele estivesse cada vez mais fundo e me engolindo.
Por um lado era bom morrer.
Eu não iria mais sofrer nas mãos de Larissa, não iria ter mais que cumprir por um crime que não cometi, eu não iria mais ter que olhar para a delegada Mendonça e ficar criando sentimentos que só irão me machucar ainda mais.
Suspirei deixando que mais algumas lágrima caissem, mas abri meus olhos ao escutar o barulho de passos pelo corredor.
Me levantei da minha cama e caminhei até a pequena pia passei a água pelo meu rosto para tirar um pouco a cara inchada.Meu corpo tremeu levemente de susto assim que alto falante falou algo e
logo minha cela estava sendo aberta.
Me virei e deixei minha respiração escapar com força assim que vi a delegada Mendonça passar pela mesma me encarando sem expressão.Eu não sei exatamente quanto tempo passamos encarando uma a outra sem dizer uma palavra, apenas estudando nossa expressões.
Antes mesmo que eu dissesse alguma coisas Marilia caminhou até onde eu estava puxando meu corpo de encontro ao seu.Fechei meus olhos com força enterrando meu rosto em seu peito e seus braços abraçaram minha cintura com força me mantendo colada a ela.
Eu queria parecer forte, mas eu não consegui, deixei que várias lágrimas saissem dos meus olhos sem pudor algum,
Eu não me importava se estava molhando sua blusa social, e nem ela parecia se importar.- Vai ficar tudo bem!-murmurou.
Eu só queria aproveitar um dos únicos momentos em que eu realmente estava me sentindo protegida dentro daquele lugar.
Permaneci calada deixando que os soluços escapassem da minha boca, minhas mãos estavam agarrando sua blusa com força esmagando o tecido entre meus dedos, eu não queria que ela se afastasse
- Você sempre diz isso, mas nunca fica nada bem! Sempre acontece alguma coisa
e... nunca fica bem!Marilia tirou seus braços da minha cintura calmamente, e suas mãos seguraram em
meu quadril afastando meu corpo do seu.Marilia se sentou na cama de baixo do bi-cama pequena dali e me puxou calmamente pela cintura fazendo-me sentar ao seu lado.
Posei minha mão livre sobre minha perna enquanto a outra Marilia a mantinha junto a sua, com nossos dedos entrelaçados.-Eu não sabia que nada disso iria acontecer!-falou olhando nos meus olhos
-Se eu soubesse eu teria procurado alguma forma de desfazer isso, eu liguei para o juiz que deu a sentença e ele...
Marilia parou a frase engolindo a seco e desviou seus olhos dos meus encarando a
parede a sua frente e pus minha outra mão por cima da sua que estava fortemente
agarrada na minha-Ele diz que não tem mais jeito, que foi decretado, e que para voltar atrás só provando sua inocência, só que foi confirmado que você é a assassina e então as coisas não podem mais serem revertidas.
Reprimi meus lábios em uma linha reta os passando um no outro assentindo lentamente.
- Você acha mesmo que... que eu matei meus pais?

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CELA 23 -MALILA
ActionSua cabeça estava baixa enquanto o juiz decretava a sua sentença. Seu olhar brilhava de inocência, suas mãos tremiam em seu colo enquanto pagava por um crime não que cometeu. Um delegado preso aos encantos de uma presidiária. Um homem com seus valor...